A covardia das emissoras de rádio na cobertura das eleições

Do blogue de Marco D’Eça

OBS: Quero deixar claro que o posionamento do colega, é o mesmo que tenho e ponto final.

Um Pânico generalizado tomou conta das emissoras de rádio nestas eleições. Todas elas, sem exceção.

De uma hora para outra, apresentadores e repórteres decidiram – sabe-se lá com base em quê – que não se pode falar o nome dos candidatos no rádio.

Pura tolice!

Se for decisão pessoal de cada profissional, mostra auto-censura, um dos famigerados frutos do despreparo e da desinformação.

Se for decisão da direção das emissoras, denota covardia – o lado inverso da propaganda ilegal.

Ora, como se vai cobrir uma campanha eleitoral sem citar o nome dos candidatos? Onde se ouviu dizer que é proibido citar o nome de candidatos em programas de rádio?

O que não pode na cobertura eleitoral – nem no rádio, nem na TV, nem em lugar algum – é favorecer um candidato em detrimento de outro.

A cobertura do dia-dia, do comportamento, ações e reações dos participantes das eleições não só é permitida, como se trata de obrigação de qualquer emissora comprometida com o seu público. 

Na verdade, a posição de emissoras e radialistas revela exatamente o lado inverso da prática do crime eleitoral.

Funciona assim: como não conseguem fazer a cobertura sem tender para a propaganda ilegal de candidato A ou B, preferem deixar de falar em todos os candidatos.

É a famigerada lei do menor esforço.

Punem o público, que espera informação isenta, para se livrar de punições…

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