Diretor da TV Cidade alega “problema técnico” em áudio de programas eleitorais

A direção da TV Cidade (Record) esclareceu ao blog de Décio Sá, os “problemas técnicos” ocorridos durante a transmissão da propaganda eleitoral de ontem, quando parte do áudio dos programas dos candidatos Flávio Dino (PCdoB) e Jackson Lago (PDT) ficaram distorcidos. Por causa do problema, o comunista prometeu recorrer ao TRE no sentido de que seja realizado um novo sorteio para escolha da emissora geradora do horário político. Durante a transmissão, gritos cobriram as falas do deputado federal. Segundo o diretor de programação da TV Cidade, Natanael Júnior, o problema foi ocasionado em decorrência de uma rápida queda de energia durante a transmissão do programa. O “no-break” (equipamento que mantém os computadores ligados) foi acionado, mas demorou um pouco a entrar em operação. Na seqüência, também foi acionado o gerador da televisão. “Com isso o VT (fita do programa) entrou em contra-fase e ficou exibindo dois áudios ao mesmo tempo e de forma deformada. Esse é um problema normal em exibição. Só quem não conhece como funciona uma televisão poderia acreditar em qualquer ato de má-fé”, explicou Natanael Júnior. Ele disse que a TV Cidade vai encaminhar carta ao TRE e às duas coligações mais atingidas esclarecendo a situação. O diretor garantiu que o defeito atingiu o início do programa da candidata Roseana Sarney (PMDB). Com foi muito rápido – cerca de 15 segundos – ficou imperceptível. Os esclarecimentos do diretor da TV Cidade, no entanto, parecem não ter convencido a população (que teve seu direito de ouvir as propostas dos candidatos, lesado), além dos candidatos Jackson Lago e Flávio Dino. Problemas técnicos, ao entender do cidadão, por mais ignorante que seja, não ocasiona gritos bizarros e desmoralizantes. As propagandas atingidas mais pareceram com produções humorísticas, e de nível baixíssimo, como o Pânico na TV por exemplo. Não adianta falar que somente quem não conhece como funciona uma televisão, poderia acreditar em qualquer ato de má fé. Seria mais conveniente, ao invés disso, reconhecer que os programas foram alvos de ação criminosa feita por hackers e que o problema seria investigado.

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