Rodoviários param atividades após morte de motorista da Taguatur

Motoristas, cobradores e fiscais de ônibus se concentraram no Anel Viário

Motoristas, cobradores e fiscais de ônibus que operam no sistema de transporte público da capital, paralisaram suas atividades hoje como forma de protesto pelo assassinato do motorista da Taguatur, Ronielson Lima Pinheiro, que trabalhava num coletivo que fazia a linha Residencial Paraíso. Com o protesto, coletivos de várias empresas foram obrigados a parar no Terminal de Integração da Praia Grande e no Anel Viário, locais de concentração dos trabalhadores, o que gerou confusão e muita revolta por parte da população. Os usuários tiveram que descer dos ônibus. Muitos seguiram seus destinos a pé, enquanto outros optaram pelos transportes alternativos. Proprietários de veículos pequenos, vans e caminhonetes, aproveitaram a situação para lucrar, fazendo corridas aos bairros da região Itaqui-Bacanga. A Polícia Militar foi acionada e permaneceu no local até o desfecho do ato público. Ninguém foi preso.

O movimento foi iniciado logo cedo, às 6h em frente à garagem da Taguatur. Cem ônibus que fazem 14 linhas naquela região foram impedidos de realizarem suas atividades normais. A paralisação foi liderada pelos próprios trabalhadores, colegas do motorista assassinado. Indignados, cerca de 300 trabalhadores rodoviários seguiram em caminhada até a casa da vítima, onde prestaram solidariedade à sua família. Inconsolados, parentes de Ronielson evitaram falar sobre o crime, mas agradeceram o apoio dos colegas.

Às 8h, motoristas, cobradores e fiscais da Taguatur, apoiados pelo Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários do Maranhão (STTREMA) seguiram em cortejo para o Anel Viário, onde convenceram rodoviários de outras empresas a pararem suas atividades. Houve bate-boca com usuários, confusão e até um ônibus depredado, mas ninguém ficou ferido. Os manifestantes afirmavam que somente retornariam ao trabalho, depois que a polícia prendesse e apresentasse o(s) assassino(s) do motorista. Os coletivos foram colocados dentro do Terminal de Integração da Praia Grande e em fila quilométrica até o Anel Viário, chegando às Cajazeiras. Segundo a Polícia Militar, mais de 250 coletivos permaneceram parados até o desfecho das negociações.  

O trânsito ficou conturbado naquela região. Além dos coletivos parados e da intensa disputa de proprietários de vans por clientes, alguns semáforos estavam com defeitos, o que exigiu a presença de agentes de trânsito da Secretaria Municipal de Trânsito e Transportes (SMTT). Um veículo de grande porte da prefeitura realizava serviços de manutenção no retorno do Anel Viário, o que provocou mais congestionamento no local.

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