Protesto contra o judiciário

A cada dia que passa enojo o judiciário, que anda de braços dados com a política nesse país. O país da corrupção, da miséria, que cultua preceitos do mau e alimenta a desgraça do próximo como uma fonte de prazer e descanso. A minha revolta, explico, é com a notícia de que o deputado Paulo Maluf pode ressurgir mais uma vez, e forte, no cenário da politicagem brasileira. Tudo porque a 7º Câmara de Direito Público do Tribunal de Justiça de São Paulo julgou improcedente uma ação de improbidade administrativa ajuizada pelo Ministério Público – que prenso, está perdendo espaço para a corrupção, contra o político, por uma suposta compra superfaturada de frangos para a Prefeitura de São Paulo em 1996.

A mesma Câmara, pasmem, havia condenado Maluf em abril deste ano. Ele concorreu nas eleições 2010 e teve o registro indeferido, com base na Lei da Ficha Limpa, que aos poucos é derrubada pelo próprio Poder Judiciário Brasileiro. Uma vergonha, sem vergonha, sem-vergonha.

Onde o Brasil vai parar, não sei, mas que a população já está cansada desse tipo de artimanha para colocar em ênfase os poderosos, isso tenho certeza. Não diferente ocorre em todos os estados, inclusive aqui no Maranhão, que dispensa comentários. Aqui prevalecem os desmandos da corrupção, do poder, do dinheiro, dos desvios, das promessas e da administração da pobreza.  

Somos diariamente bombardeados por notícias que ferem os direitos do cidadão, em todas as esferas, e parece que estamos sozinhos nessa luta. É ridículo esperar por melhorias, quando sabemos que não há saídas, quando em jogo está o dinheiro, o poder, a fama, o glamour, o sucesso, a mídia. Infelizmente, esse é o nosso Brasil.