Sobe mais de 1.300% o número de casos de dengue em São Luís

Pneus velhos podem servir de foco para a larva do mosquito / Foto: Flora Dolores

São Luís registrou um aumento de 1.385% no número de casos de dengue no mês de janeiro deste ano, se comparado com o mesmo período do ano passado. De acordo com a Superintendência da Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Estado da Saúde (SES), a capital registrou 104 notificações, contra apenas sete em 2010. No Maranhão, as estatísticas também são alarmantes. Enquanto em 2010 o número de notificações foi de 150, este ano os registros subiram para 712, o que significa um aumento da ordem de 374%.

Os dados preocupam a Vigilância Sanitária, que prevê 2011 com índices da doença mais altos do que nos anos anteriores. De acordo com a superintendência do órgão, isso se dá pela ineficiência no combate às larvas do mosquito Aedes aegypti em todo o estado e pela manifestação do vírus tipo 1 da doença, que há vários anos não se apresentava no Maranhão, atingindo centenas de pessoas que não ainda possuem imunidade.

As estatísticas da vigilância mostram que no ano passado, o município que apresentou o maior quantitativo de notificações em todo o Maranhão foi Barreirinhas, com apenas 38 casos. Em seguida aparecem os municípios de Caxias, com oito casos, Chapadinha, que também teve oito registros e São Luís, com sete.

Já em 2011, o município com maior número de notificações foi Itapecuru, com 129 registros da doença. Em seguida São Luís aparece com 104 notificações, à frente de Zé Doca, com 91 casos e Açailândia, com o total de 83 registros. Municípios como Viana, Timon e Codó ainda não apresentaram notificações de casos de dengue em 2011.

Para o superintendente da Vigilância Sanitária, Henrique Jorge dos Santos, o elevado número de casos notificados na capital e no interior do estado, é conseqüência da falta de uma atenção maior por parte do Poder Público para com o trabalho prevenção contra a dengue. “Esse quantitativo mostra que o município não fez o dever de casa, o trabalho de campo, que é a visitação de residência em residência. O serviço é simples e barato, por tanto, não há outra justificativa para esse saldo”, disse.

Ele falou que em relação a dengue, não há vacinas ou medicamentos disponíveis, como medidas de intervenção contra a doença, sendo a realização da prevenção a principal determinação da Organização Mundial da Saúde (OMS). “Esse serviço não é levado a sério pelo município, falta comprometimento. A categoria de agentes de endemias precisa ser valorizada”, enfatizou.

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