Professor acusado de racismo por alunos da Ufma se retrata publicamente

Recebi como comentário no post abaixo, a retratação pública do professor José Cloves Verde Saraiva, a respeito das denuncias que pesam contra ele de racismo dentro da sala de aula na Ufma. Ele pediu desculpas pela interpretação que julga ter sido dúbia, mas nos últimos paragrafosm insiste, de forma até estranha, em retratar-se diretamente ao aluno nigeriano, esquecendo-se de que as denuncias partiram dos colegas do estudante, aqueles que estavam na sala de aula em todas as ocaisões denunciadas à coordenação do curso. A denuncia por tanto, não é um poiscionamento ou interpretação isolada do estudante, mas uma causa levantada por uma turma de ensino superior da Ufma. Lamentável na retratação pública, trechos como “reclamei a voce e aos outroscolegas que não compareciam as aulas”; “é de costume de novatos (calouros) usarem as dependencias da Ufma para outros fins”; “veja que a maioria dos seus colegas de classe cumpriram seus deveres e a turma passada não teve problemas deste tipo” e “Embora sabendo que você tem suas dificuldades naturais, como qualquer estrangeiro, deveria pelo menos se explicar, evitando interpretações errôneas sobre o seu atual comportamento como estudante da UFMA”….

Por mais que na retratação, ele tenha se voltado única e exclusivamente ao aluno envolvido diretamente na causa, as denuncias partiram da turma. Abaixo, a retratação do professor.

 

RETRATAÇÃO PÚBLICA José Cloves Verde Saraiva, professor associado III da UFMA, vem mui respeitosamente pedir desculpas públicas a interpretação, certamente, dúbia do aluno nigeriano NUHU AYUBA, que durante as aulas de Cálculo Vetorial, no curso de Engenharia Química da UFMA, sentiu-se ofendido, e vem esclarecer este engano nos três itens seguintes: 1. Ao perguntar o seu nome não houve qualquer sentido jocoso, visto que sua pronúncia no seu idioma induz isto no nosso e que foi esclarecida por ele mesmo como o equivalente deste a NOÉ JOSUÉ. 2. Em conversa particular, referir-me ao Prêmio Nobel Nigeriano W. Soyinka sobre a frase “UM TIGRE NÃO DEFINE TIGRITUDE. UM TIGRE SALTA!” Quando me referi aos LEÕES AFRICANOS, que nas dificuldades de todo estrangeiro para o entendimento subjetivo de acusações preconceituais, esta não induz isso, pois sou também de cor Parda, assim como os meus familiares, e durante toda minha existência jamais proferiria tal insulto, principalmente para aluno. 3. Já referir-me em classe que “ser universitário é muita responsabilidade” e é costume dos alunos novatos (calouros) usarem as dependências da Universidade para outros fins fora do contexto educacional. Reclamei a você e aos outros colegas que não compareciam as aulas, nem fizeram os exercícios e, principalmente você, não compareceu ao PRÉ-TESTE e nem fez a sua 1ª Avaliação, além disso, não fez o PRÉ-TESTE da 2ª Avaliação, nem as suas notas de aula no caderno desta disciplina foram escritas e apresentadas até hoje. É lamentável! Faço o meu dever de professor cobrando o bom entendimento da disciplina, tendo formado excelentes alunos durante todo esse tempo, veja que a maioria dos seus colegas de classe cumpriram seus deveres e a turma passada não teve problemas deste tipo. Embora sabendo que você tem suas dificuldades naturais, como qualquer estrangeiro, deveria pelo menos se explicar, evitando interpretações errôneas sobre o seu atual comportamento como estudante da UFMA. Firmo-me nestes termos públicos e receptivo a quaisquer outros esclarecimentos.

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