Marco D’Eça – É gravíssima, do ponto de vista político-eleitoral, a situação que se desenha para o prefeito João Castelo (PSDB), por causa dos R$ 73,5 milhões desaparecidos das contas do município.
O prefeito sabe que precisa dizer, urgentemente, onde foi parar o dinheiro.
Mas não pode.
E não pode por que estaria confessando Crime de Responsabilidade e Improbidade
Administrativa ao revelar a transferência dos recursos, de uma instituição financeira pública para um banco privado – provavelmente o Banco BIC, como começam a mostrar as investigações.
A tomada de contas especial que o Ministério Público de Contas fará na prefeitura fatalmente levará o TCE a julgar irregulares as contas de Castelo referentes aos exercícios de 2009 e 2010.
Nestas contas não consta qualquer explicação sobre os R$ 73,5 milhões.
E o que isso significa?
Significa que, com as contas julgadas irregulares, o prefeito estará inelegível para as próximas eleições, já que a rejeição dos tribunais de contas provoca automaticamente a inelegibilidade.
O prefeito precisa, portanto, encontrar uma saída legal e rápida para o sumiço do dinheiro que deveria ter sido devolvido aos cofres estaduais.
Caso contrário, estará fora da própria sucessão…