Reunião deve encerrar greve de PMs hoje

João Alberto negocia fim da greve com PMs

O secretário de Estado de Projetos Especiais e senador licenciado, João Alberto, discutirá hoje com policiais e bombeiros militares que integram o comando da greve – na sede da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), seccional Maranhão -, a possibilidade de fim pôr fim à paralisação das categorias. A greve decretada ilegal pelo Tribunal de Justiça do Maranhão acontece há oito dias, e tem como uma das principais consequências, a interrupção de sessões dos deputados estaduais na Assembleia Legislativa, por causa da ocupação do prédio pelos manifestantes.

João Alberto, que atua como interlocutor na mesa de negociações e foi autorizado pela governadora Roseana Sarney a abrir um canal de diálogo com os grevistas, recebeu ontem uma nova pauta de reivindicações dos militares, que optaram por baixar as exigências em relação ao aumento salarial, de 30% para 17,9%. A reportagem apurou, no entanto, que as reivindicações dos grevistas continuam em um patamar tido pelo Governo como inviável, tendo em vista o seu forte reflexo no orçamento do Estado para 2012.  Ainda não há, por tanto, consenso sobre o índice de reajuste que poderá ser fixado aos PMs.

De acordo com secretário João Alberto, os manifestantes enviaram documento ontem à tarde para sua apreciação, cujo teor diz respeito à proposta de reajuste salarial de R$ 2.028,00 (valor atual) para R$ 2.400,00, para o soldado, já em 2012. Esse reajuste seria revisto nos anos subseqüentes da seguinte forma. Em 2013 o soldado passaria a receber R$ 2.700,00; em 2014, o equivalente a R$ 3.000,00 e em 2015 o montante de R$ 3.300,00. Segundo o secretário, esse aumento causaria um impacto de mais de R$ 50 milhões no orçamento do Estado. “É uma proposta inviável, numa greve já decretada ilegal. Se essa mesma proposta for levada para a mesa de negociações amanhã (hoje) não haverá sequer o início de diálogos. O Estado não tem como absolver esse aumento. Temos responsabilidades a cumprir”, observou.

Ele disse que manterá a proposta de reajuste equivalente a 10,1%, levada para os grevistas na reunião realizada na última quarta-feira. Desta forma, o salário do soldado subiria de R$ 2.028,00 (atual) para R$ 2.240,00, mais benefícios. “Os militares, que atuam como uma força auxiliar do Exército Brasileiro, exigem aumento maior do que todas as demais categorias. Os servidores dos Correios, por exemplo, após longa greve, receberam reajuste de 6,1%. Os bancários conseguiram 9% de reajuste. Os policiais, numa greve ilegal, exigem bem mais do que podemos conceder e bem mais do que qualquer outra categoria”, disse.

João Alberto reiterou que não abrirá espaço para integrantes do movimento grevista, que não estejam lotados nas corporações do Maranhão. “Somente entende a realidade do estado, quem realmente trabalha e vive nele. Nós não sentaremos na mesa com pessoas de fora”, enfatizou.

Também participarão da reunião, marcada para as 14h no prédio da OAB, o presidente da instituição, Mário Macieira; Valéria Lauande, vice-presidente da OAB; coronel Medeiros Filho, do 24º Batalhão de Caçadores do Exército e de representantes do comando de greve.

 Se aceitarmos o aumento proposto pelos grevistas, estaremos agindo com irresponsabilidade. O Maranhão, junto com o Paraná, está com as suas finanças em dias”, João Alberto, secretário estadual de Projetos Especiais.

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