Rede de saúde privada em crise em São Luís

A rede de saúde privada está em crise em São Luís. A Multiclínicas faliu e o Hospital Aliança, que pertence ao grupo, deve ser vendido ainda este mês. Por conta da crise que impera também na Unimed São Luís (que dá sinais de falência), o Hospital São Domingos teve de fechar um andar inteiro nos últimos dias. A contratação de funcionários por meio do badalado e prestigiado seletivo da empresa, foi suspenso por tempo indeterminado, houve demissão de funcionários recém-contratados e àqueles que permanecem em suas atividades, não recebem mais ganhos adicionais, como horas extras. O rombo que o plano de saúde deixou no hospital, segundo uma fonte, pode ser milionário.
No ano passado outro hospital, o UDI, suspendeu uma série serviços do plano Unimed, inclusive o de atendimento de urgência e emergência, por causa do não cumprimento de cláusulas contratuais. Clínicas que prestam serviços a planos de saúde na modalidade home care (atendimento a domicílio), também passam por dificuldades financeiras devido ao rombo financeiro.
Quem busca atendimento nos principais hospitais e clínicas particulares da cidade, percebe claramente a crise que se instalou no segmento. A superlotação nas unidades, que chega a ultrapassar a da rede pública na capital; a falta de profissionais e equipamentos, além da restrição de serviços disponibilizados, colocam os usuários em um beco sem saída.
Quem paga caro por plano de saúde quer ter acesso ao melhor atendimento, conforto e segurança. No entanto, as dificuldades têm aumentado a cada dia. O simples fechamento de um andar inteiro do respeitado São Domingos (que inclusive havia passado por reforma e ampliação há pouco tempo), a redução de serviços prestados pela UDI a determinados planos de saúde e a falência da Multiclínicas, são fatores que assustam a população e o empresariado local.
É necessário que se discuta, imediatamente, a causa do problema. Mais que isso, é necessário que se busque soluções imediatas. A rede de saúde privada não pode perecer, justamente num momento em que há ascensão da rede pública, com a inauguração das Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e de novos hospitais. Não pode haver retrocesso na saúde da capital, seja ela pública ou privada. A população precisa das duas, bem equipadas, equivalentes e estruturadas.

3 comments

  1. Não consigo atendimento médico… nem fazer os meus exames… não tenho atendimento de emergência adequado…e a unimed só afirma e reafirma “o atendimento está suspenso por tempo indeterminado”… não devo um dia sequer para a prestadora, parece que estou pedido esmolas… quero soluções… quem vai ajudar????

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