A Justiça do Estado é novamente confrontada

Os trabalhadores em transporte rodoviário em São Luís: motoristas, cobradores e fiscais de ônibus, repetem o que policiais militares e homens do Corpo de Bombeiros fizeram no ano passado, quando insistiram em uma greve decretada ilegal e abusiva pela Justiça do Estado.

Em 2011, os militares cruzaram os braços por ininterruptos 10 dias, ocuparam a Assembleia Legislativa e promoveram confronto às claras ao Poder Judiciário, ao ignorar todos os despachos desfavoráveis à classe. Na ocasião, o Governo do Estado pediu apoio ao Ministério da Justiça, que enviou ao estado 200 homens da Força Nacional e autorizou o 24° Batalhão de Caçadores do Exército a realizar a segurança preventiva da população. O imbróglio somente foi resolvido após o secretário de estado de projetos especiais, João Alberto e a OAB ter entrado em cena e acertado os reajustes salariais exigidos. A decisão judicial foi tão somente posta em xeque.

Agora quem desafia o Tribunal Regional do Trabalho (TRT) são os rodoviários. Mesmo sob pena de multa diária no valor de R$ 40 mil e de demissão em massa, os grevistas já deram a senha: não vão acatar a decisão da desembargadora Ilka Esdras, presidente do TRT.

Com isso, mais uma vez a Justiça do Estado fica sem voz, sem influência. Os rodoviários já afirmaram que deverão acionar a instância superior, por entender que a decisão do TRT é unilateral e favorece apenas aos empresários. Nos bastidores, falam em favorecimento. A Justiça parece estar com amarras nos braços, sem alternativa. O TRT já acionou até a Polícia Federal. Pede para que a superintendência estadual abra inquérito contra os rodoviários por descumprimento de decisão judicial. O TRT também aplicou multa diária de R$ 50 mil ao SET por não demitir os trabalhadores, contratar novo pessoal e colocar os ônibus em circulação.

O impasse continua e parece que à mercê da Justiça, ignorada por trabalhadores e emresários…

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