O deputado Max Barros (PMDB) acaba de utilizar a tribuna da Assembleia Legislativa para informar que irá entrar com requerimento hoje na Mesa Diretora da Casa, pedindo a criação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar obras de construção de estrada que liga as cidades de Vargem Grande a Coroatá. Há, segundo o parlamentar, três contratos. Um do governo Zé Reinaldo Tavares, outro do governo Jackson Lago (PDT), onde ele garante que houve desvio de R$ 2 milhões e um terceiro contrato do governo Roseana Sarney (PMDB).
A proposta de Max ocorreu durante outro calourado discurso contra o deputado Bira do Pindaré (PT). Os ânimos se acirraram entre os dois após o seu posicionamento, mas houve intervenção imediata dos deputados no Plenário.
“Ele não tem coragem de enfrentar as criticas direcionadas a ele e busca o sentimentalismo, invocando o nome de uma pessoa que já faleceu, para se fazer de vítima. É lamentável. Eu inclusive fiz, e está nos anais desta Casa, uma ressalva ao doutor Jackson Lago, que eu o conhecia e que era um cara correto”, disse e completou. “Eu ataquei foi quem veio aqui fazer críticas infundadas, eu ataquei foi aquela turma do PT que ocupou o 4º escalão do governo, que gosta daquela boquinha, que quer passear em Nova Iorque. Aquele que pega uma ‘diariazinha’ do Estado. Aquele que atira a pedra e esconde a mão, aquele que promove as invasões e deixa as pessoas humildes dentro das casas para a polícia ir lá e retirar”, disse.
Max afirmou que já tem garantia de 13 assinaturas para criar a CPI e assim colocar um ponto final na polêmica. “Para que a gente não fique todo o dia com esse lenga-lenga, estou elaborando uma CPI, apesar de não ser muito afeto a CPIs – pois acho que politiza muito as vezes -, estou propondo hoje e já tenho compromisso de 13 deputados de assinarem a CPI, para apurar os três contratos da estrada Coroatá a Vargem Grande. Vamos saber qual contrato desviou dinheiro público”, disse.
Bira do Pindaré afirmou que também assinará a CPI, mas exige que os contratos dos hospitais da saúde, assinados com a empresa Canaã [mesma que construiria a estrada, mas teve contrato rescindendo no atual governo] sejam incluídos nas investigações. Os contratos com a SES foram cancelados após a empresa não concluir as obras de construção das unidades da saúde.