A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Bom Peixe interrogou na manhã de hoje funcionários da Secretaria Municipal de Abastecimento, Pesca e Agricultura (Semapa). A sessão, coordenada pelo vereador Pedro Lucas Fernandes (PTB), presidente do colegiado, foi agitada.
O primeiro funcionário a ser ouvido, Aurélio Ribeiro de Oliveira, apresentou contradições a respeito do funcionamento do programa, alvo da investigação.
Aurélio, que foi coordenador de mercados da Semapa, declarou inicialmente que o produto, no caso do pescado, era adquirido com notas fiscais. Em seguida ele negou o fato e disse existiam apenas notas de entrega.
Ele também falou que na aquisição da mercadoria, os valores eram colocados nas notas por funcionários, e indagado a respeito de quem autorizava tal operação, respondeu apenas que tudo era de conhecimento de seus superiores.
Aurélio também se enrolou ao falar sobre o destino do pescado. Disse primeiramente que as sobras do produto comercializado, eram distribuídas entre funcionários e pessoas carentes. Depois de conversar com seu advogado, mudou o discurso, e afirmou que funcionários não tinham acesso às sobras.
Após o depoimento de Aurélio Oliveira foi a vez da funcionária Rita do Carmo Correia comparecer a CPI. O seu depoimento foi rápido. Ela falou que exerceu a função de coordenadora de orçamento na gestão do sucessor de Júlio França, e finanças, e apenas despachava o que lhe chegava às mãos. Questionada se acompanhava o desenrolar de todo programa respondeu que não. Agora a tarde, estão sendo ouvidos Gilsiomar Chaves e Edimilson Lindoso.