O novo depoimento do assassino confesso do jornalista Décio Sá, Jhonatan de Souza, pode trazer como consequência ao caso, a não liberação do Tribunal de Justiça à Secretaria de Segurança Pública, de investigação contra o deputado estadual Raimundo Cutrim (PSD).
Cutrim era, até então, apontado por Jhonatan como um dos mandantes do assassinato de Décio. Ele afirmava que Júnior Bolinha, o seu agenciador, era quem dava essa garantia a ele. O parlamentar, que tem foro privilegiado, tem envolvimento com Bolinha. Ele diz se tratar apenas de negócios.
Na semana passada o próprio TJ decidiu aguardar o fim das oitivas das testemunhas do assassinato, para somente então, dizer se permitiria ou não que a Polícia Civil investigasse o deputado. Queria com isso, colher elementos que justificassem a autorização.
Apesar do parecer do subprocurador-geral de Justiça para Assuntos Jurídicos, Joaquim Henrique de Carvalho, pelo deferimento do início das investigações contra Cutrim, os desembargadores optaram, principalmente, por aguardar o novo depoimento de Jhonatan Souza, feito agora em juízo.
E o que aconteceu? O criminoso simplesmente negou conhecer os demais acusados pela morte de Décio já presos, e parece não ter sequer tocado no nome do deputado estadual. Alegou que havia se sentido pressionado pelos delegados, por isso o teor dos primeiros depoimentos. Disse que foi tudo mentira.
Com isso, pode entender o TJ não haver elementos o suficientes para que seja iniciada uma investigação contra o parlamentar.
É aguardar o desfecho desta história…
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