O Movimento Passe Livre (MPL), que organizou os protestos contra o aumento da tarifa do transporte público em São Paulo, deixou ontem a manifestação. O MPL reclamou da proibição de participação de partidos políticos e alegaram que, como obteve êxito em relação a redução da tarifa de ônibus, entendeu não haver motivos para manter os protestos.
Segundo o professor Lucas Monteiro, 29 anos, integrante do MPL, não há mais o que protestar. “A gente saiu porque a manifestação cumpriu com a obrigação dela, que era de comemorar a redução da tarifa.”
“O MPL agora vai sentar e fazer uma avaliação, mas com certeza vai ter mais manifestações pela tarifa zero, só não sei dizer onde nem quando. Fiquem ligados no perfil do MPL no Facebook”, disse Pedro Bernardo, também militante do MPL.
Pedro criticou alguns grupos da manifestação, que direcionam e manipulam os protestos. “Militantes de extrema direita querem dar ares facistas a esse movimento”, afirmou.
O movimento repudiou os atos de violência. Ontem, o MPL publicou o seguinte: “desde os primeiros protestos, essas organizações tomaram parte na mobilização. Oportunismo é tentar excluí-las da luta que construímos juntos”, disse sobre a proibição de participação de partidos políticos.
E em muitos cantos do país, as manifestações continuam, sem pauta, liderança e sem rumo, desencadeando numa série de atos de vandalismo.