#VEMPRARUASLZ – o que houve de errado?

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A manifestação #VEMPRARUASLZ acabou com cenas lamentáveis, de agressões, baderna, vandalismo e quebra-quebra em São Luís. Além de saquearem uma ótica que fica no Centro, os vândalos  se aproveitaram do movimento contra a corrupção para depredarem o Palácio dos Leões, o Palácio La Ravardière, além de atacarem jornalistas e destruírem um carro de reportagem da TV Mirante, que era utilizado por profissionais da emissora.

O episódio mostra a ideologia barata de ventríloquos que não sabiam sequer o motivo de estarem nas ruas, levantando bandeira pela paz. Agredir jornalistas, saquear pequenos estabelecimentos comerciais, destruir carros e bens públicos, está longe de ser o que se pode chamar de reivindicação.

O movimento tinha sim muita gente de boas intenções, gente cansada da corrupção política e judiciária, cansada da miséria, da falta de transparência pública, da impunidade, da homofobia, da intolerância religiosa, mas também tinha muita gente que sequer sabia o que estava fazendo ali.

Protestavam contra Roseana Sarney (PMDB) em frente ao La Ravardière, sede da administração pública municipal. Gritavam contra Edivaldo Holanda Júnior (PTC) no Palácio dos Leões, sede do Governo. Pediam redução das tarifas de ônibus ao Estado e não a Prefeitura. Zombavam e jogavam pedras em repórteres, como se fossem esses os responsáveis pelos desmandos das administrações públicas.

Protestavam contra os gastos na Copa das Confederações, mas esperaram o jogo da Seleção Brasileira acabar para iniciar os protestos.

Ou seja, a sensação que ficou é de que, apesar de ter sido realizado um protesto com fundamento e causas justas motivado não pela revolta da população local, mas sim pelo calor da emoção e pela onda de manifestações em todo o país, por outro lado o evento teve sim um vazio, uma face cruel e criminosa. E que infelizmente manchou uma página da história da Ilha rebelde.

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