A máfia nos presídios maranhenses

Gilberto Léda – Existe uma máfia atuando dentro do sistema penitenciário do Maranhão. O grupo, controlado de fora, atuou durante anos sem qualquer incômodo.

Segundo relatos de funcionários dos presídios, eles liberavam até saídas de presos de alta periculosidade para o cometimento de crimes à noite pela capital. O tráfico de drogas, muitas vezes, era também autorizado ou bloqueado sob ordens dessa turma.

Com a troca de comando ada Secretaria de Estado de Justiça e Administração Penitenciária (Sejap), agora dirigida pelo delegado Sebastião Uchôa, fechou-se o cerco a essa quadrilha, que vem sendo minada pouco a pouco.

E a máfia, que ainda detém poder dentro das unidade prisionais, tem agido para desestabilizar o secretário.

Decorre justamente dessa disputa de poder a série nunca antes vista de fugas e assassinatos em Pedrinhas e outros presídios do estado. É uma reação, causada pela rejeição ao nome de Uchôa.

Na visão dos criminosos, os recentes incidentes enfraquecerão o secretário, que pode cair e deixar novamente o caminho livre para suas atrocidades.

A cúpula da Segurança, no entanto, está atenta aos movimentos da máfia e tem dado apoio ao titular da pasta, que seguirá afastando os envolvidos na facilitação de fugas e na abertura de espaço para a criminalidade dentro dos presídios.
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