Atrás dos panos…

Edivaldo Júnior está apático
Edivaldo Júnior está apático

O prefeito de São Luís, Edivaldo Júnior (PTC), dá sinais de que está com algum problema que o inibe de ter um contato mais direto com a população pelos meios de comunicação. Tudo indica não se tratar de mera timidez, porque ele foi vereador duas vezes, deputado federal uma vez e agora prefeito a partir de campanhas pedindo votos na rua, com aperto de mão e tapinha nas costas.

Mas a sua atitude de não enfrentar jornalistas e câmeras já começa a estimular questionamentos. Dois casos recentes surpreenderam. O primeiro ocorreu em São João Del Rei, no dia 2, no ato em que a presidente Dilma Rousseff lançou o PAC das Cidades Históricas.

Ali, a presidente se encontrou com dezenas de prefeitos de cidades com essas características, vivendo com eles um momento quase festivo, dada a alegria com que todos receberam o programa. A descontração foi tanta que a presidente atendeu a pedido dos prefeitos e posou com eles para uma foto histórica no centro da cidade.

Ninguém sabe por que motivo o prefeito de São Luís, que não é alto, se postou exatamente atrás do grupo, tendo registrada apenas uma banda do seu rosto. Agiu como se fosse uma espécie de Wally, escondido no meio de um grupo no qual era sem dúvida figura destacada pela importância histórica de São Luís. Sua atitude refratária não deu a grandeza da cidade no evento destinado a preservá-la.

Ontem, o prefeito Edivaldo Júnior voltou a surpreender. Não pelo que fez, mas exatamente pelo que não fez. Explica-se: por volta das 21h, o Partido Trabalhista Cristão (PTC), pelo qual se elegeu, ocupou cinco minutos de TV antes da novela das nove. Muita gente esperou que ele aparecesse na propaganda partidária para dizer o que está realizando, mas ele simplesmente não apareceu.

Provavelmente, o membro do partido a dirigir a maior cidade, o PTC, mostrou até uma jovem vereadora de Macapá, no Amapá, mas Edivaldo Júnior, que deve ser a maior celebridade desse partido em todo o país, pelo que ficou claro no programa de ontem é um zero à esquerda. Impressionante.

Da coluna Estado Maior, do jornal O Estado do Maranhão