Foi ridícula a postura de alguns vereadores ontem na Câmara Municipal de São Luís. Após a deputada estadual Gardênia Castelo (PSDB) reclamar a inclusão de seu pai e ex-prefeito João Castelo (PSDB) como um dos responsáveis pelos desvios no Bom Peixe, aliados protestaram e tentar modificar, no grito, o relatório final da CPI.
Pelo regimento interno da Câmara, qualquer Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) aprovada e instalada tem autonomia para deliberar sobre o assunto que está sendo apurado e apontar os responsáveis. Assim foi feito no caso do programa Bom Peixe: durante quatro meses, os membros da comissão colheram informações e ouviram depoimentos para compor um relatório final.
Mas, durante a apresentação do relatório no plenário da Casa, os vereadores pediram modificação do texto que responsabiliza o ex-prefeito Castelo e os seus auxiliares na época, Júlio França, Edmilson de Sousa e Eliana Bezerra pelo desvio de mais de R$ 1 milhão do programa Bom Peixe, que vendia pescado a preço menor em feiras e mercados.
“O ex-prefeito não foi ouvido pela comissão. Como acusá-lo sem dar o direito a se defender? O mínimo que poderia ser feito era retirar o nome de Castelo desse relatório”, disse Astro de Ogum (PNM). Pavão Filho (PDT), Ivaldo Rodrigues (PDT) e Gutemberg Araújo (PSDB) também quiseram a alteração do texto.
Mas, o presidente do colegiado, Pedro Lucas Fernandes (PTB) lembrou que existia um regimento interno e que esse deveria ser obedecido pela Casa. Como Astro de Ogum e companhia não encontraram amparo legal para interferir no relatório da CPI, o texto permaneceu inalterado…