Desenho ganha forma

Flávio Dino tem de posicionar em relação ao PT
Flávio Dino tem de posicionar em relação ao PT

Quem duvidava que o PSB romperia com o PT e a presidente Dilma Rousseff, para concentrar suas ações no projeto de candidatura presidencial do governador pernambucano Eduardo Campos, mudou seu entendimento ontem, depois que o chefe maior do partido entregou os dois ministérios e uma penca de cargos federais ocupados por militantes seus.

Já convencido de que não será convidado para ser candidato a vice-presidente na chapa da presidente Dilma, que terá como companheiro um peemedebista, provavelmente o atual vice-presidente Michel Temer, o governador de Pernambuco partiu para a segunda etapa do seu plano, o rompimento com o governo da presidente Dilma.

Na sexta-feira da semana passada, quando esteve em São Luís, Eduardo Campos emitiu vários indícios de que seu caminho seria romper e disputar a presidência com a atual chefe da Nação.

O dado a ser destacado desse movimento é a adesão clara e inequívoca do pré-candidato comunista ao Governo do Estado, Flávio Dino (PCdoB), que não apenas avalizou o projeto do presidente do PSB, como se colocou como seu lugar-tenente no Maranhão.

Em discurso revelador, Dino foi ostensivo em declarações de apoio à candidatura de Eduardo Campos, numa clara demonstração de que não apoia a candidatura da presidente Dilma à reeleição.

A postura de Flávio Dino indignou líderes do PT, que vão recomendar a demissão dele da presidência da Embratur. Isso se ele próprio, diante da forte repercussão da sua declaração de apoio ao governador pernambucano, não pedir demissão, o que seria um gesto decente. As próximas horas serão decisivas para que o desenho dessa situação ganhe contornos definitivos.

Da coluna Estado Maior, de O Estado

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