Não se constrói mudança de sexta-feira a domingo…

O presidente da Embratur e pré-candidato ao Governo do Estado de 2014, Flávio Dino (PCdoB), agora passou a atacar o secretário de Infraestrutura Luis Fernando Silva (PMDB), com a alegação de que o adversário político teria roubado o seu discurso, de “mudança”. Mas, o comunista esquece que os próprios “Diálogos pelo Maranhão”, eventos de pré-campanha para o pleito eleitoral do ano que vem, são frutos de uma cópia dos Seminários Regionais de Lideranças, idealizado pelo peemedebista em todo o estado. A diferença está no caráter absolutamente técnico dos Seminários Regionais, onde são ministradas palestras, oficinas e debates sobres os mais diversos temas da administração pública, ao contrário dos “diálogos”, que tem caráter político, tão somente.

Mas não é só isso: Flávio também esquece de informar ao povo do Maranhão, de que de nada adianta dialogar de sexta-feira a domingo – como ocorre semanalmente -, sem que de fato haja uma mudança de postura, de administração pública, uma mudança de gestão no estado. Não se constrói mudança desta forma.

E já que Dino não é prefeito, tão pouco secretário municipal em Prefeitura alguma no Maranhão, [apesar de participar ativamente de ações da Prefeitura de São Luís e ocupar espaços importantes com indicações suas], para mostrar pessoalmente os resultados desses “diálogos”, ele bem que poderia começar tentando provar a mínima mudança possível em gestões de aliados seus, que defendem o mesmo e já cansado discurso, a exemplo de Edivaldo Holanda Júnior (PTC), da capital. Edivaldo aliás, dividiu palanque em 2012 com Dino, com o slogan “É pra Mudar!”, lembram?.

Flávio também poderia mostrar à população, que os seus “diálogos pelo Maranhão” resultaram em mudança de postura em Caxias, cidade administrada por Léo Coutinho (PSB), outro braço aliado seu. Mas não conseguirá.

E porque não mostrar os resultados de Timon, do prefeito Luciano Leitoa (PSB)?. Novamente, não conseguirá. E só não conseguirá pelo simples fato de não haver mudança alguma nas administrações acima citadas. Se há mudança, essa só pode ser de gogó, como bem disse em certa ocasião, Luis Fernando.

Portanto, não adianta ficar em diálogos, diálogos e mais diálogos de sexta-feira a domingo. É preciso trabalhar, arregaçar as mangas e mostrar mudanças efetivas de segunda a segunda. Coisa, por exemplo, que está longe de acontecer na oposição, e até na Embratur, instituto que sente a ausência constante de seu presidente, que só é visto nos “diálogos pelo Maranhão”…