Lideranças políticas de partidos que compõem a oposição no Maranhão receberam ontem no auditório da Assembleia Legislativa o governador de Pernambuco e presidente nacional do PSB, Eduardo Campos. Os oposicionistas pregaram unidade do grupo e apoio na formação de um palanque para ele em 2014, na disputa eleitoral para a Presidência da República.
O palanque reuniria desde membros do PT, como Bira do Pindaré, até gente do PSDB, como Carlos Brandão, ambos presentes ao encontro, passando por Simplício Araújo (PPS), Flávio Dino (PCdoB), Julião Amin (PDT) e Edivaldo Holanda Júnior (PTC) – boa parte deles ainda na base aliada da presidente Dilma Rousseff (PT).
O primeiro a pregar a união das oposições em um único palanque e que deu ênfase a um apelo a Eduardo Campos, para que ele articule alianças do PSB com as demais frentes partidárias no estado, foi o deputado federal Domingos Dutra (PT), que, até semana passada, articulava no Maranhão o partido da ex-ministra Marina Silva (Rede Sustentável). Ele afirmou que, mesmo que o PCdoB apóie a reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT), é possível uma conjuntura com o PSB no estado. “Em nome da unidade é que eu estou aqui. Temos de afastar a vaidade que nós carregamos. Quero pedir a Eduardo Campos que nos ajude a construir a unidade “, afirmou.
O vice-prefeito de São Luís, Roberto Rocha, também falou na possibilidade de divisão de palanque, e afirmou que isso não prejudicará em nada os candidatos à Presidência. “Até a última eleição no Maranhão, as oposições se dividiam, mas nós temos de fazer diferente agora, temos de buscar a unidade. O PSB pode sim estar no palanque de Flávio, mesmo que ele continue apoiando o governo Dilma”, completou.
Eduardo Campos afirmou em entrevista coletiva que o partido somente decidirá sobre candidatura à Presidência da República no futuro. Mas ele adiantou que não há dificuldade em discutir a divisão de espaço político em um mesmo palanque.
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