Os “pacotes” de Edivaldo Júnior

edivaldoO lançamento do pacote batizado Avança São Luís, ontem, pelo prefeito Edivaldo Júnior (PTC), mais confirma o que a coluna registrou muito antes da sua posse: ele se candidatou, fez campanha, se elegeu e assumiu o comando da Prefeitura de São Luís sem plano de governo.

Sua trajetória de oito meses como chefe maior da administração municipal é um documento óbvio, sem falsetes, de um prefeito que foi empossado na direção municipal rigorosamente sem saber o que fazer. Tanto que nesse período já anunciou vários pacotes, mas não concluiu nenhum.

Vale recordar. Edivaldo Júnior assumiu no dia 1º de janeiro sem anunciar uma só medida ou projeto no seu discurso de posse, limitando-se a atacar violentamente o ex-prefeito João Castelo (PSDB).

Diante da perplexidade e dos questionamentos, o prefeito anunciou, no dia 9 de janeiro, o que chamou de “Plano de Ação para 120 dias”, um pacote obviamente arranjado de última hora para evitar um vexame e que consistiu num inacreditável pacote de 314 ações, que previu até disposição de cadeiras em salas. Não se sabe até hoje o resultado do “plano farofa”.

No dia 11 de abril, ao fazer o balanço dos primeiros 100 dias, Edivaldo Júnior passou ao largo do pacotão de janeiro e aproveitou o momento para anunciar um novo “plano” de ações para serem implementadas em 30 dias.

No dia 27 de maio, um mês e meio depois, um novo pacote, o “Pacto por São Luís”, explicado da seguinte maneira: “Por meio do estudo dos principais indicadores sociais levantados pelo “Movimento Nossa São Luís” (uma ONG), o poder público está traçando metas que serão cumpridas com a convocação das três esferas administrativas de governo (estadual, municipal e federal), empresários e sociedade civil”. Não se sabe até agora no que deu.

E ontem, o prefeito Edivaldo Júnior anunciou o seu mais novo pacote, que batizou de Avança São Luís. Prevê a aplicação de meio bilhão de reais em 43 projetos e 238 “produtos”. O pacote repete em grande parte promessas feitas nos três pacotes anteriores, entre elas a reforma da rede de saúde, construção de escolas, por exemplo. Vale aguardar para conferir.

Da coluna Estado Maior, de O Estado

Leave a Reply

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *