Represa Batatã ficará totalmente seca no mês de outubro, diz Caema

BatatãA represa do Batatã está sete metros abaixo de seu nível normal e até o fim de outubro, segundo a Companhia de Saneamento Ambiental do Maranhão (Caema), poderá ficar completamente seca. O reservatório, que faz parte do Sistema Sacavém, é um dos responsáveis pelo fornecimento de água de pelo menos 25 bairros da região central de São Luís. A falta de chuvas na capital, aliada a falhas técnicas do sistema, está prejudicando o abastecimento em diversos bairros da cidade. Em entrevista coletiva concedida ontem, o presidente da Caema, João Reis Moreira Lima, falou de obras que estão em execução para melhorar o abastecimento de água em São Luís.

O reservatório do Batatã está localizado dentro do Parque Estadual do Bacanga e é responsável por abastecer cerca de 20% da população de capital, produzindo mil metros cúbicos de água por hora. Mas por causa da redução das chuvas nos últimos dois anos, a represa não conseguiu recuperar sua capacidade hídrica. “O Batatã está com apenas 10% da sua capacidade. Nós reduzimos a vazão de água pela metade, para economizar a represa, mas mesmo assim até o fim de outubro ela estará seca”, informou João Reis Moreira Lima, presidente da Caema.

Queda de tensão – Além do nível reduzido de água, nos últimos 10 dias o Sistema Sacavém teve problemas de tensão de energia e quebra de duas válvulas na rede de distribuição, na área entre o João Paulo e a Avenida dos Franceses, na Alemanha. Na segunda-feira, dia 23, no fim da tarde, os moradores da área interditaram a Avenida dos Franceses em protesto contra a falta de água na região. “Como esses registros são antigos, não existem peças de reposição. Uma nós tivemos de fabricar. A outra já foi trocada, mas nós trabalhamos com um prazo de 72 horas para restabelecer o abastecimento, ainda em sistema de rodízio”, explicou João Reis Moreira Lima.

João Reis Moreira Lima informou ainda que os três principais sistemas de abastecimento da capital estão passando por obras para ampliar a rede. No Sistema Sacavém, foram perfurados cinco poços, que devem entrar em operação em até 15 dias. Juntos, eles produzirão cerca de 400 metros cúbicos de água por hora, minimizando o problema nas áreas abastecidas pelo sistema. Toda a parte elétrica das subestações, além da limpeza e desobstrução dos poços já foram finalizadas. E um sexto poço está em perfuração.

Com as obras nos três sistemas de abastecimento de água da capital – Italuis, Sacavém e Paciência -, a previsão é de que em março o racionamento de água da capital seja completamente superado. Vamos aguardar…

Informações de O Estado; imagem, Biné Morais

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