Técnica inédita em cirurgias de próstata é realizada no Hospital Geral

Profissionais da saúde acompanham procedimento no Hospital Geral /  Foto: Nestor Bezerra
Profissionais acompanham procedimento no Geral / Foto: Nestor Bezerra

A Vaporização de Plasma Button, ou “eletrovaporização”, técnica que diminui o tempo de internação dos pacientes que passam por cirurgia de redução de próstata, agora faz parte da rotina do Hospital Estadual de Alta Complexidade Tarquínio Lopes Filho (Geral). Com essa inovação, a Secretaria de Estado da Saúde pretende tornar mais rápido o processo de recuperação dos pacientes e, desse modo, agilizar o atendimento dos que estão na fila de espera por esse procedimento.

Os cirurgiões da unidade de saúde utilizaram a técnica pela primeira vez na segunda-feira (16), depois de terem acompanhado três cirurgias de redução de próstata realizadas no sábado (14), como parte do I Simpósio de Vaporização da Próstata com Plasma Botton, ocorrido em São Luís. Trata-se de um grande avanço no tratamento de casos de hiperplasia prostática benigna(HPB), que é o crescimento benigno da próstata.

O diretor do Hospital Geral, Luis Alfredo Guterres, disse que as cirurgias foram realizadas dentro de programa de treinamento que a equipe de médicos da unidade fará para desenvolver a técnica rotineiramente. “Nós estamos implantando esta técnica para que os nossos pacientes que necessitarem deste tipo de cirurgia tenham a seu dispor uma técnica moderna e de grande valor cientifico e clínico, com uma maior probabilidade de sucesso e menor tempo de pós-operatório”, contou.

Apresentada em 2009 na Áustria, a técnica somente em 2011 passou a ser difundida para outros países. Em 2013 foi consolidada em congresso de medicina na cidade de Milão, na Itália, e chegou ao Brasil admitida pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e Sociedades Médicas.

O incentivador do uso da técnica no Brasil é o especialista em urologia Mirandolino Mariano, mestre em clínica médica e doutor em cirurgia. Foi ele quem realizou os três procedimentos no Hospital Geral. Segundo ele, trata-se de uma modificação relevante no modo como se fazia esses tratamentos. “Nos últimos cinco anos, essa técnica se mostrou cada vez mais satisfatória e eficaz, reduzindo inclusive riscos e período de internação e recuperação destes pacientes”, afirmou.

Cirurgia – A aplicação da técnica foi acompanhada de perto por uma equipe de cirurgiões do Hospital Geral, durante as cirurgias demonstrativas realizadas por Mirandolino Mariano. Na cirurgia vídeoendoscópica, minimamente invasiva, com uso de vaporização (transição direta do sólido para gás), o tecido prostático é removido mais suavemente, utilizando energia por plasma sob baixa temperatura.

Através da uretra do paciente uma cânula com um pequeno eletrodo em forma de Button (botão de forma semi-esférico) é introduzida ate a próstata. Ao utilizar energia de baixa voltagem, cria-se um campo plasmático (aquecimento de uma área de tecido por meio de radiofreqüência para transformação do mesmo do estado sólido para vapor). Sem a presença de resíduos de tecido ao mesmo tempo a administração de soro fisiológico a 0,9% conduz este vapor para fora do corpo do paciente, o que facilita e estimula um rápido processo de cicatrização.

“Com esta técnica única de deslizamento, quase não há contato direto entre o equipamento e o tecido. O dispositivo não apenas vaporiza o tecido aumentado, como também coagula o restante do tecido saudável e deixa uma superfície lisa reduzindo a próstata a tamanhos normais e aceitáveis”, explicou Mariano.

Secom

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