Subsídio milionário a empresas de ônibus x serviço prestado à população

Usuários enfrentam drama para ter acesso a ônibus no Terminal do São Cristóvão
Usuários enfrentam drama para ter acesso a ônibus no Terminal do São Cristóvão

Já foram pelo menos duas ações de benefício direto aos proprietários de empresas de transporte de passageiros da capital. No início do ano, o SET alegou um déficit de mais de R$ 8 milhões nos últimos e a impossibilidade de reajustar o salários dos rodoviários. Com isso, o prefeito Edivaldo Júnior (PTC) autorizou o pagamento de um subsídio de R$ 6 milhões dividido em três parcelas aos empresários.

Em setembro outra decisão que além de surpreendente, beira a ilegalidade. Edivaldo determinou, sem sequer ouvir a Câmara Municipal ou haver uma Lei que institui o subsídio tarifário, adicionar mais R$ 2 milhões mensais nas contas do SET, tendo como contrapartida a melhoria do serviço na capital.

E o que aconteceu de lá para cá? O Consórcio São Cristóvão, formado por empresas de ônibus que atendem usuários de linhas que têm acesso ao Terminal do São Cristóvão, abandonou três linhas da zona rural [reveja aqui], obrigando a Prefeitura de São Luís a contratar outras empresas, em caráter emergencial, para fazer o serviço.

O número de ônibus no sistema não parece ter aumentado e os serviços ainda são precários. Por outro lado, não há sequer prazo para o início da licitação das linhas de ônibus ou para a implantação do sistema Bilhete Único, duas ações prometidas durante a campanha.

Resumo: Edivaldo comanda uma administração que até o momento não conseguiu reverter o caos para a população no sistema de transporte público, mas que em contrapartida já beneficiou [pelo menos na matemática simples] empresários com R$ 10 milhões adicionais. Essa é a mudança.

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