Definitivamente apenas se merecem os “adversários políticos” João Castelo (PSDB) e Flávio Dino (PCdoB). Aliás, ambos já parecem ter muito em comum.
Nas duas eleições passadas para a Prefeitura de São Luís – 2008 e 2012 -, Dino e Castelo protagonizaram cenas de duro e agressivo embate.
Flávio acusava Castelo de “atraso, retrocesso para a cidade de São Luís”. Afirmava que votar em Castelo era optar pelo não desenvolvimento, pela estagnação da administração pública municipal. Pregoava que o tucano tinha pensamentos antigos, modelo arcaico de administrar, algo que o remetia à década de 1980. Castelo respondia sempre a altura, com a sua já conhecida rispidez, sem titubear. O clima entre os dois sempre foi de tensão.
No ano passado Flávio Dino, tutor de Edivaldo Holanda Júnior (PTC), voltou a atacar Castelo. E deixou claro em várias oportunidades que o tucano não tinha condição alguma de apresentar algo produtivo para o povo. Conseguiu desconstruir a candidatura de Castelo, que não foi reeleito.
Há duas semanas, no entanto, o mesmo Flávio Dino surpreendeu a todos, ao afirmar que seria uma honra dividir palanque com Castelo em 2014. Alguns aliados do comunista classificaram de “erro”, a estratégia de Flávio – uma vez que ele sempre fez oposição ao ex-prefeito.
Hoje, por sua vez, quem surpreendeu foi Castelo. Em uma conversa com jornalistas na Câmara Municipal, afirmou ter recebido “os elogios com naturalidade”. E explicou não haver problemas numa composição com o até então adversário político. “Eu não sou intransigente, posso fazer política com qualquer pessoa. Não sou intolerante, pelo contrário”, concluiu.
Ou seja, Castelo e Flávio Dino se merecem.
Como ficaria o discurso de Castelo e Flavio Dino juntos no mesmo palanque? Eu não acredito nessa conjuntura.