Em meio a crise do caso Bradesco, os vereadores de São Luís resolveram não mais votar, antes do recesso, o projeto de emenda ao regimento interno, de autoria de Marquinhos (PRB), que propõe a antecipação da eleição da Mesa Diretora da Casa. A matéria sequer chegou à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e pelo menos por enquanto, deve permanecer engavetada.
Alguns membros da Câmara Municipal estão sendo investigados pela Polícia Civil do Maranhão por suposta relação num esquema de agiotagem, comandado por uma ex-gerente do Banco Bradesco.
O esquema desviou milhões dos cofres do legislativo municipal e era utilizado, principalmente, para a quitação de débitos de campanha eleitoral em São Luís. A suspeita é de que há participação de pelo menos 14 vereadores. Até o momento, no entanto, nenhum nome foi divulgado pela polícia, que segue com as investigações.
Esse foi o motivo para que os parlamentares adiassem a discussão para eleição de nova Mesa. Como alguns dos envolvidos no esquema seriam beneficiados com cargos na Mesa Diretora, houve uma articulação rápida no sentido de evitar ainda mais desgaste. A estratégia é aguardar o desenrolar das investigações e a divulgação de nomes. O projeto de muitos, por enquanto, foi por água a baixo.
Fico muito triste com a suspeita de Vereadores de São Luís envolvidos em um escândalo dessa natureza que só abala a credibilidade do Poder Legislativo Ludovicense. Espero que a presidência desse poder se manifeste com ações convincentes, caso ao contrario, a população jamais vai esquecer essa mancha que vai ser um prato cheio para o eleitor começar expulsar os candidatos a vereança de sua porta nas próximas eleições. Aproveito para me reportar aqueles que se por acaso não tiverem nada a dever, que procurem agir o mais rápido possível e fazer audiências públicas e bastante abertas nas praças de São Luís em todos os bairros principalmente nas periferias, informando os culpados, ou então, vai ser um desastre total para todos vereadores desta atual legislatura.