Uma discussão vazia na Assembleia

Marcelo Tavares tentou desmerecer Governo por obras das UPAs
Marcelo Tavares tentou desmerecer Governo por obras das UPAs

Tomou conta da sessão de hoje na Assembleia Legislativa do Maranhão, uma discussão entre deputados governistas e de oposição em relação ao Programa Saúde é Vida. Até aí tudo bem, é salutar que se discuta a saúde pública do estado, que sejam propostas melhorias e apontados os erros.

O problema é que a discussão chegou a um nível de improdutividade e desinteresse social tão grande que cheguei a ficar perplexo com a cena que acabara de testemunhar.

Em nenhum momento os nobres deputados discutiram a atenção básica de saúde que é dispensada nos municípios, ou a oferta de leitos de UTI no estado. Os parlamentares também não aprofundaram a discussão em relação a demanda de profissionais da Medicina em municípios onde a saúde pública é precária, tão pouco citaram o caos que é em todo o país, não só no Maranhão, em relação ao precário sistema de marcação de consulta adotado pelos gestores – onde a regra é aumento da fila de espera e a ineficiência da prestação do serviço.

A oposição quis discutir – vejam só -, e os deputados da base do governo embarcaram

Alexandre Almeida entrou em uma discussão desnecessária
Alexandre Almeida entrou em uma discussão desnecessária

na futilidade -, a natureza das Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e dos hospitais já construídos no interior do estado.

Para a oposição, as UPAs e os demais hospitais têm de ser considerados apenas como iniciativa do Governo Federal, uma vez que foram utilizados em maior escala, recursos da União. Ignoram o fato de as unidades também terem sido construídas com recursos próprios do Governo do Estado. Pura bobagem.

Como se isso fosse realmente fazer diferença na vida da população. Pouco importa se os recursos foram em maior demanda da União com apenas contrapartida do Executivo Estadual. A discussão proposta deveria ter sido em torno do funcionamento ou não dos hospitais inaugurados. Da melhoria ou do declínio na assistência na saúde pública do Maranhão. A discussão poderia ter sido em torno da melhor qualidade de vida do povo do estado.

Querer desmerecer os investimentos na área da saúde pelo simples fato de se ter empregado recursos federais nas obras, como tentou fazer a oposição, é no mínimo insensato. Entrar nessa discussão improdutiva, sem pé nem cabeça, como fizeram os governistas, é perca de tempo. Um tempo precioso que poderia ser utilizado de forma mais inteligente.

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