Eu amo o Maranhão

São Luís, Ilha do Amor, um dos mais belos cartões postais do Brasil
São Luís, Ilha do Amor, um dos mais belos cartões postais do Brasil

*Coluna do Sarney

Abro um blog local e vejo uma manifestação de amor ao Maranhão, já hoje compartilhada por dezenas de milhares de internautas. Passo na rua e vejo um carro com um adesivo “Eu Amo o Maranhão”. Despertou-me não cometer o pecado que Vieira dizia ser o mais difícil de evitar: o da omissão.

Achei minha obrigação também, uma vez mais e sempre, de externar meu amor ao Maranhão e minha dor, é a palavra exata, com o massacre com a nossa terra que está havendo na mídia nacional, como se ele fosse responsável por um ataque de ferocidade de alguns bandidos e por um fato trágico que infelizmente acontece em todo o Brasil. Cada dia põem somente o Maranhão, estampando palafitas e miséria que, para serem vistas (e condenadas), ninguém precisa vir ao Maranhão, basta ir à Baixada Fluminense, à favela da Maré, no Rio, à periferia ou mesmo ao centro de São Paulo – onde, segundo o IBGE, 625 mil vivem abaixo da linha de pobreza, classificados como miseráveis.

A sedução do Maranhão é um mistério. Não podemos aceitar essa campanha contra nossa terra que, como todas as outras, tem números ruins. Não se diz que hoje temos o 3º porto do Brasil, nem que crescemos 15,3% enquanto o Brasil cresceu 2,2%, nem que exportamos 3,5 milhões de toneladas de grãos e somos o 16º PIB do país. Que a pobreza baixou de 23% para 13% e para este ano temos uma projeção de 5%. Todos os índices sociais estão melhorando.

Quando se lê os livros dos viajantes que aqui passaram, se encantaram com o Maranhão, o que se encontra é deslumbramento: Abbeville, o bom frade que primeiro escreveu sobre o nosso estado, tece na sua História dos Padres Capuchinhos na Ilha do Maranhão um hino de louvor. La Ravardière, vencido e preso na Torre de Belém, teve como única exigência para soltá-lo que não voltasse ao Maranhão; e numa liberdade poética ele afirmaria “ser livre, sem voltar ao Maranhão, não é liberdade, é escravidão”. Lembremos sempre Simão Estácio da Silveira, há quase quatro séculos afirmando que “das terras que Portugal conquistou a melhor é o Brasil e o Maranhão é o Brasil melhor”. Gilles Lapouge, grande jornalista e escritor francês, diz que “São Luís é a mais bela cidade do mundo”. Para citarmos todos nunca haverá espaço. Mas não podemos esquecer o maior poeta da língua portuguesa, Gonçalves Dias, na Canção do Exílio, a colocar no bronze eterno da palavra, sem maior receio: “Não permita Deus que eu morra sem que volte para lá.”

Isso para não falar no orgulho que temos de nossa terra, que na voz popular nasce dos versos: “Maranhão, minha terra, meu torrão”. Nosso amor é AMOR DEMAIS! Estamos todos revoltados, injustiçados, indignados, com esse massacre que está sendo feito contra o estado. Não merecemos isso.

O que é pior é a participação de maus maranhenses que, por motivos políticos, estão comandando essa campanha. A eles não interessa resolver os problemas e minorá-los, estão até achando bom, pensando que vão ter votos com isso.

Algumas pessoas que visitaram o Maranhão me disseram terem tido uma grande surpresa quando, em vez de ver esse Maranhão que eles mostram lá fora, veem um Maranhão de paz, de gente pacífica e de progresso. Venham ver o Maranhão e se tiverem senso de justiça vão aderir ao “EU AMO O MARANHÃO”. Aqui não é terra de bandidos, é lugar de gente abençoada e boa.

 *Publicado na edição de hoje de O Estado do Maranhão

5 comments

  1. Sou maranhense com muito orgulho e o que tiver no meu alcance para defender o nosso querido MARANHÃO, irei fazer sempre que possível.
    AGRADECIMENTO: Obrigado Presidente Sarney, por tudo que sua excelência fez e que continua fazendo pelo nosso querido MARANHÃO que merece o carinho e o respeito de todos que nele nascemos e que não se fugimos de sua e de nossas culturas, raízes e origens.
    RECONHECIMENTO: Presidente Sarney, claro que é necessário sua excelência de vez enquanto refrescar a memória daqueles que se fingem de surdos e de cegos, pois se não fosse esses inconformados sem um pouquinho de senso de justiça, não era mais necessário que relatasses algo de seus feitos pelo nosso querido MARANHÃO. Presidente Sarney, nós temos a consciência de que se não fosse sua excelência, O NOSSO QUERIDO MARANHÃO jamais teria chegado ao topo do desenvolvimento social, cultural e econômico.
    ADMIRAÇÃO E REPEITO: Presidente Sarney, o maranhense de bom senso e justo,
    tem por sua excelência, as maiores admirações pela sua inteligência em saber conviver ao longo de sua vida pública, com as calunias, invejas e as artimanhas bem montadas de seus adversários políticos, só isso mesmo, porque inimigos tenho e temos absoluta certeza que sua excelência jamais teve, assim como não tem e jamais terá, sabes porque presidente? Porque sua excelência não provoca mediações para o mau, as suas mediações sempre foram para o bem, é por isso, porque o sucesso só provoca inveja, eis a razão de só teres adversários e não inimigos. Portanto Presidente Sarney, por tudo o que me dispôs a publicar neste exposto, ou disposto, é que sua excelência tem o meu incondicional respeito.

  2. Êta amor hein!!!. Muitos, como eu, também amam o Maranhão, Eu acredito que o Sarney ame o Maranhão, do jeito dele, porquanto ele conhece nossas fraquezas e assim sempre vai vencendo os pleitos. Grande “mérito”, saber ludibriar o povo desinformado.

  3. Luis Alberto, é muito triste o teu senso de humor me comparando de fraco e de desinformado. Agora o teu senso crítico, constrói sim, para tentar fragilizar a nossa cultura, pois essa fraqueza e fragilidade cultural serve exclusivamente pra você.

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