Sejap suspeita de motivação política para motins e mortes em Pedrinhas

Complexo Penitenciário de Pedrinhas, onde dezenas de presos morreram em esquema
Complexo Penitenciário de Pedrinhas, onde dezenas de presos morreram em esquema

A Secretaria de Estado de Administração Penitenciária já trabalha com a hipótese de que houve motivação política para a série de barbáries no Complexo Penitenciário de Pedrinhas.

 Ontem o secretário Sebastião Uchoa revelou à imprensa que um preso de Pedrinhas utilizava um aparelho celular e trocava ligações diárias com a diretora do Sindicato dos Agentes Penitenciários do Maranhão (Sindspem), Luana Furtado.

Luana é esposa de um ex-diretor do Centro de Detenção Provisória (CDP), de Pedrinhas com fortes ligações ao núcleo do sindicato. O grupo de Luana é liderado por César Bombeiro, que por sua vez é aliado de Flávio Dino (PCdoB).

Segundo Uchoa, membros do sindicato dos agentes passavam instruções sobre como os presos deveriam se portar durante os motins. A intenção era instalar um clima de terror na capital e consequentemente provocar um abalo nacional à imagem do Governo do Estado. “Uma pessoa que trabalhava no Presídio São Luís ouviu conversas de um agente penitenciário dando orientações de como os presos deveriam se comportar para criar terrorismo no sistema penitenciário”, afirmou.

O esquema que provocou a morte de dezenas de presos – alguns covardemente decapitados -, é mais um escândalo a ser apurado pela polícia.

É gravíssima a descoberta de que membros do Sindspem estavam diretamente relacionados ao caos no sistema penitenciário.

Para quem não lembra, ao longo da primeira semana da crise no setor [crise esta já superada pelo Governo], um falso vídeo de um preso de Pedrinhas com a perna dilacerada foi divulgado em portal de um grande jornal de São Paulo. A farsa, no entanto, foi desvendada e ficou constatado que o vídeo não era de Pedrinhas, mas sim de um acidente de trânsito ocorrido nos Estados Unidos. Estava inclusive postado num site americano há mais de 2 anos.

Mas antes de isso ter sido descoberto, César Bombeiro havia o encaminhado para o juiz Douglas Martins, que incluiu o documento no relatório do CNJ. O relatório acabou desmoralizado após a verdade ter sido divulgada.

Dias depois, outro vídeo foi postado em site de um segundo grande jornal de São Paulo, onde presos debocham e até pisam em três corpos de decapitados. A polícia acredita que o vídeo pode ter sido entregue por agentes penitenciários, que orientaram os presos a fazerem as gravações.

Tudo isso mostra que há forte indício de movimentação política no caso. E isso é grave.

3 comments

  1. Sou Agente Penitenciário, e te digo meu caro blogueiro o maior culpado pelos problemas carcerários que estamos enfrentando e com toda certeza do secreário Sebastião Uchoa e toda sua equipe de incompetentes da sejap, a governadora também tem culpa de tudo isso, um total descontrole, esse secretário já deveria ter sido exonerado ha muito tempo com toda sua equipe de incompetentes, enquanto esse pessoal continuar na sejap, nada mudara pode ter certeza disso.

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