A direção nacional do Partido dos Trabalhadores (PT) confirmou a reeleição de Raimundo Monteiro na executiva estadual da sigla no Maranhão. A definição ocorreu na manhã de hoje, após reunião em São Paulo.
Com a manutenção de Monteiro no comando da legenda, o PT passa agora a discutir o nome que deve ser lançado como candidato a vice na chapa majoritária de Luis Fernando Silva (PMDB) para a eleição de outubro.
A legenda também deverá lançar candidato a vice na chapa que disputará a eleição indireta na Assembleia Legislativa. E há pouco tempo para isso. A eleição indireta deve ocorrer em abril. Por tanto, em março o nome já deverá ser lançado.
As conversas devem começar amanhã.
O quê irão fazer os do contra no PT?
Pergunta um tanto quanto despolitizada que merece como resposta algumas explicações.
O Partido dos Trabalhadores foi o primeiro partido politico a fazer eleições internas, diretas e legitimas para presidência e diretórios nas três esferas partidárias. Portando, consagrando que desde a sua fundação os militantes têm o direito de votar e ser votado. Ser “do contra” nos dá o mérito, a vantagem de ainda não estarmos num partido de mandatários e mandados.
No PT o menos culto lê jornais diariamente, o menos politizado tem capacidade para fazer uma análise de conjuntura no sindicato, diretório, conselho ou associação em que milita. Isso porque no PT ainda sabemos que ser “do contra” é defender posicionamento politico pautado, inteligente e também saber curvar-se às decisões da maioria.
Explicações dadas quero manifestar-me sobre o evento politico que deu posse ao companheiro Monteiro.
Não considero esse tipo de vitória um motivo para comemorar e para grande parte da militância, os que votaram nos outros candidatos, a nomeação de Monteiro representa intervenção.
Mas mesmo diante deste fato os petistas continuarão militantes, discutindo internamente, lutando pelas bandeiras comuns ao povo brasileiro, tendo sangue vermelho e uma estrela no coração.
Sinto-me triste por não estar comemorando uma vitória legitima, fosse ela do companheiro Henrique ou do companheiro Monteiro. Considero vitórias as que não são vencidas com episódios de fraudes como as de Matões do Norte, Pinheiro e Palmeirândia. Também não considero honroso deixar de fazer formação coletiva da militância para fomentar e custear quitação coletiva.
Nesse momento, em que poderia estar feliz por uma vitória coletiva sinto profundo pesar porque os votos, insuficientes para empoderar, refletem muito mais do que uma negativa a uma aliança com o PMDB, mostram que falta ao PT uma intervenção dos militantes que, como eu, se afastaram do partindo abrindo espaço para o coronelismo democrático que troca “politização” por “quitação” fazendo da maior militância política desse estado apenas uma massa votante.
No entanto, meus caros, minhas caras, por conhecer a história deste PT e , sobretudo , por valorizar cada um dos militantes do nosso PT, vejo que o resultado desse processo enfadonho e cravejado de perguntas sem resposta é reflexo dos consecutivos mandatos equivocados e fará com que muitos despertem para o momento de arrumar a casa. E para arrumar a casa não é necessário poder.
Sou Claudia Lobo
Petista por convicção e com orgulho
Ex-dirigente municipal e estadual
Ex-membro do Setorial Nacional de Cultura
Ex-secretária do Setorial Estadual de Cultura
Membro do Setorial de Cultura do Maranhão
Não votei neste PED2013
Membro da CNB (corrente da qual só sairei por expulsão)
E tenho Sangue Vermelho