Demonstrou fraqueza e falta de pulso na manutenção de sua decisão, o deputado estadual Jota Pinto (PEN), presidente da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ).
Pinto havia pedido vista na sessão e ontem, do projeto de lei de autoria de Edilázio Júnior (PV), que regulamenta a eleição indireta para governador e vice-governador do Estado do Maranhão em caso de vacância dos cargos nos últimos dois anos de mandato.
O projeto foi apresentado ao plenário justamente pelo fato de haver uma expectativa no meio político da saída da governadora Roseana Sarney (PMDB) do cargo para a disputa do Senado Federal. Uma emenda do deputado Marcos Caldas (PRP) provoca polêmica e divergência na base governista [releia aqui]. A menda tenta dar maior transparência ao projeto e o blog entende que esta a mesma deve ser aprovada.
Ocorre que o pedido de vista de Pinto foi novamente estendido hoje para mais 24 horas, sob a justificativa de que a CCJ ainda não havia decidido sobre a rejeição ou não de uma emenda de Marcos Caldas.
Caldas e Alexandre Almeida (PTN) confrontaram Jota Pinto, e exigiam que ele colocasse a emenda para votação na comissão. Acuado, Pinto ainda tentou reagir, mas se limitou a ler o regimento interno da Casa na defesa de sua tese e foi voto vencido dentro da comissão.
Foi necessário então que o presidente da Casa, Arnaldo Melo (PMDB), se levantasse de sua cadeira, na Mesa Diretora, e se dirigisse à Jota Pinto para garantir a prerrogativa do presidente da CCJ em estender o pedido de vista.
Arnaldo repreendeu Caldas e manteve a decisão do presidente da CCJ, que àquela altura, já não apresentava mais poder de reação.
Foi desta forma que ficou adiada para amanhã a votação do projeto de lei que regulamenta a eleição indireta na Casa para o cargo de governador.
A impressão que ficou é a de que Jota Pinto terá muitos problemas para conduzir os trabalhos na CCJ. E muito disso por falta de pulso…