O Ministério Público Estadual (MP) poderá recorrer da sentença aplicada aos dois executores do jornalista Décio Sá e solicitar do Poder Judiciário do Maranhão que amplie a pena do pistoleiro paraense Jhonatan de Sousa Silva, de 25 anos, e de seu “piloto de fuga”, o bacabalense Marcos Bruno de Oliveira, de 28 anos. No início da madrugada de ontem, ambos foram condenados a cumprir, respectivamente, 25 anos e três meses, e 18 anos e três meses de prisão em regime fechado, pelo crime de homicídio triplamente qualificado e formação de quadrilha na modalidade bando armado.
A intenção de requerer a ampliação de pena foi antecipada pelo promotor de Justiça Rodolfo Soares dos Reis, minutos após a leitura da sentença feita pelo juiz Osmar Gomes de Sousa, titular da 1ª Vara do Tribunal do Júri. “O Ministério Público entende que as três qualificadoras do crime, que são, exatamente, a prática do homicídio pela recompensa financeira; por emboscada e com a intenção de encobrir outro ato delituoso, que nesse caso trata-se da ‘agiotagem’ exercida pelos outros réus que se configuram no processo como mandantes. Tudo isso nos fundamenta a estudar com ânimo esse pedido à Justiça”, disse Rodolfo dos Reis.
O promotor que conduziu a acusação dos dois primeiros réus disse que a possibilidade do MP solicitar o aumento de pena dos executores do jornalista surgiu não apenas pela própria expectativa criada sobre o julgamento do assassino confesso de Décio Sá, mas também pelo que esperava a família do jornalista e a própria viúva da vítima. “Consideramos justa a maneira como o juiz da 1ª Vara do Tribunal do Júri conduziu os trabalhos e aplicou a sentença. Entretanto, vamos considerar a expectativa dos familiares do jornalista, que esperavam a pena máxima”, acrescentou o representante do MP.
De O Estado