Marco D’Eça – A governadora Roseana Sarney (PMDB) enfrenta dificuldades para encontrar um bom termo entre ela e o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Arnaldo Melo (PMDB), que lhe garanta deixar o governo para ser candidata ao Senado.
E o tempo começa a se esgotar.
Ela tem pouca margem para articulação: ou fica no governo para trabalhar pela candidatura de Luis Fernando Silva (PMDB), ou sai para ser candidata ao Senado, inviabilizando o projeto governamental.
Arnaldo Melo não demonstra o menor sinal de que aceitará preparar a eleição indireta para Luis Fernando.
Mas o problema de agora é resultado de um problema de ontem.
Em 2011, Roseana abriu mão de peitar a Assembleia para garantir o deputado Ricardo Murad (PMDB) na presidência da Assembleia.
Na época Melo – que vinha de sucessivas derrotas na tentativa de chegar ao comando da Casa – sequer cogitava disputar novamente.
Ocorre que a conspiração correu solta contra Murad, que era o virtual presidente até dois dias antes do pleito.
A maior parte do grupo Sarney trabalhou contra a candidatura de Murad – dentro e fora do governo; dentro e fora da Assembleia.
Mesmo assim, Roseana preferiu eximir-se, evitando conflito com os deputados logo no início do governo.
O resultado é que, agora, está numa espécie de xeque-mate.
E a falta de ação de ontem, impede a ação de hoje…