A deputada estadual Eliziane Gama (PPS), iniciou em 2012 uma nova discussão na política maranhense: tratava-se de um projeto de terceira via, aquele que fugia do discurso cansado “Sarney x anti-Sarney” no Maranhão.
Apresentava, naquela ocasião, um programa de sustentabilidade, defendia um “propósito novo”, distanciamento de seu nome da oposição liderada pelo PCdoB, e afirmava que o seu nome surgia no cenário para que fosse discutido o desenvolvimento do estado.
Com o seu posicionamento conseguiu arrancar o apoio de Marina Silva – que na oportunidade liderava a criação do Rede Sustentabilidade e alcançou votação surpreendente em São Luís, ficando na terceira colocação no pleito que elegeu Edivaldo Holanda Júnior (PTC).
Em relação a vitória de Edivaldo e de seu grupo, especificamente, que é liderado por Flávio Dino (PCdoB), Gama afirmou com todas as letras que “não representava a mudança”.
Questionava a forma de fazer política e assegurava, ainda em 2012, que o PPS seria protagonista da eleição 2014. Não será.
Eliziane recuou e deve confirmar nas próximas horas aliança com Flávio Dino para a eleição de outubro. Caminhará para uma eleição para a Câmara Federal de mãos dadas com aquele que além de “não representar a mudança”, como ela mesmo afirmou há alguns meses, massacrou a sua pré-candidatura, até miná-la.
Encerra-se aí o projeto de terceira via, que durou pouco mais de 1 ano e meio. Um dos projetos mais arrojados dos últimos anos na política, e que já havia conquistado milhares de eleitores maranhenses. Já não existe e nem tem mais representatividade.
Eliziane, que surgiu para a população em 2012 como uma liderança sem sobrenome tradicional, que buscava um caminho alternativo, novo e arrojado nas estruturas de Poder, teve de se render a tudo aquilo que criticou há menos de dois anos, quando lançou candidatura própria ao Palácio La Ravardière. Terá de acomodar-se ao discurso “Sarney x anti-Sarney”, afinal de contas, não terá outra alternativa, e a tendência natural é de que enfrente forte rejeição de seu próprio eleitorado por causa da nova identidade.
Já a terceira via, está prestes a ser sepultada…
CARO RONALDO ROCHA.
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ELIZIANE GAMA
A irmãzinha disse “Vou retirar a minha candidatura em nome da alternância de poder. Para vencer a situação de grande pobreza, o Maranhão precisa estar unido e dizer não ao grupo Sarney. Pretendo, agora, disputar uma vaga na Câmara. Mas isso não é definitivo. Se a coligação preferir, posso concorrer como vice do Dino ou como candidata ao Senado na chapa”.
Deixa-me ver se entendi.
Com estas palavras a irmãzinha Eliziane Gama, afirma que ela é diferente de todos os outros políticos. Como assim? Os outros políticos têm ambições, sede de poder, ações desmedidas, faltam com a verdade e a justiça… Tipo: Roseana Sarney, Lobão Filho, Roberto Rocha, João Castelo, Holandinha, Hilton Gonçalo e até Flávio Dino. Eliziane Gama, não. Ela só pensa em uma cidade de São Luís e um Maranhão melhor. Por favor, não riem. Isto é muito sério. Sua declaração é mais uma dose na boca de quem bebe. Porque elas nos fazem imaginar que gostaria de se candidatar ao cargo de governador ou qualquer outro, não por desejo de poder ou ambição… Mas, tão somente por amor. Eu amo o Maranhão!
Pois, pois, pois… O que me dá arrepios, com o máximo de respeito, é este constante e presente falso moralismo e ascetismo de Eliziane Gama. Então, ela se fez, deputada estadual, candidata a prefeita de São Luís, pré-candidata a governadora, e agora está disponível ao cargo de deputada federal, vice-governadora, senadora, ao lado do chefão do comunismo, só para libertar o maranhão? Viva! Santa Eliziane Gama! Viva!