Empresa de fiscalização eletrônica é denunciada ao TCE

Barreira de fiscallização eletrônica
Barreira de fiscallização eletrônica

De O Estado – A empresa Arco-Íris Sinalização Viária Ltda., vencedora do Pregão organizado pela Prefeitura de São Luís para a instalação, por R$ 8 milhões, de 36 fotossensores e 15 barreiras eletrônicas na capital, foi formalmente denunciada ao Tribunal de Contas do Estado (TCE) do Maranhão por supostamente haver vencido uma licitação “eivada de vícios”.

A denúncia é da Trana Construções Ltda., que formalizou representação ao TCE ainda em dezembro do ano passado, na qual aponta o que considera diversos vícios do edital e lembra que a empresa vencedora do certame pertence ao que ela chama de Grupo Econômico Consladel – empresa que também atua no ramo de fiscalização eletrônica de trânsito e já foi denunciada em vários municípios brasileiros pelo que ficou conhecido como “máfia das multas”.

Depois de passar pelo presidente da Corte, conselheiro Edmar Cutrim, que negou pedido de liminar, o caso está sob a responsabilidade do conselheiro Jorge Pavão, que também já negou liminar em pedido de reconsideração e deve apresentar voto sobre o mérito da ação em breve.

“Após análise rigorosa nos termos e condições do edital em tela, observamos que o mesmo se encontra eivado de vícios que afetam diretamente sua própria validade”, diz a representante. Uma das principais críticas diz respeito à modalidade da licitação. A Secretaria Municipal de Trânsito e Transportes (SMTT), então sob a gestão do engenheiro Carlos Rogério, escolheu o Pregão. A Trana alega que o caso exigia “melhor técnica e preço”.

Além disso, a denunciante sustenta outros problemas. “Não consta no edital planilha de itens de serviço destacando a unidade de medida e quantidade a ser executada”, explica. E diz que “o presente edital é totalmente confuso, contraditório e incoerente” quando afirma inicialmente que empresas não podem participar do certame em forma de consórcio, mas admite essa associação em outro ponto.

“Para o licitante sagrar-se vencedor do presente certame, ele sequer necessita comprovar experiência anterior em instalação/implantação dos equipamentos de fiscalização de tráfego, o que é um absurdo”, acrescenta.

A empresa sustentou que, por conta dos vícios, foi impedida de participar do Pregão, mesmo havendo retirado o edital com esse objetivo.

“Todos os vícios apontados impossibilitaram a Trana e tantas outras empresas idôneas e experientes de apresentar proposta no procedimento licitatório em referencia, restringindo a possibilidade de uma maior economia ao erário, visto que o preço ‘vencedor’ foi praticamente idêntico ao valor orçado pela Administração”, alegou.

Em resposta assinada pelo ex-secretário Carlos Rogério, a SMTT defendeu-se. “Claro se evidencia que o edital […] está de acordo com os princípios que regem os mandamentos da licitação, não existindo o mínimo vício no certame realizado que possa macular a sua segurança jurídica”, argumentou.

8 comments

  1. Não entendo, se de fato houve vícios na licitação como aponta a empresa concorrente, por que o procedimento não foi legalmente impedido de ocorrer na época. Seria a justiça lenta? Não creio que cabe responsabilidade a Smtt, se as prestadoras cumpriram com as exigẽncias. Mas é normal os participantes recorrerem. Espero que seja resolvido, porque quem tem a perder com isso é o município.

  2. Só resolveram recorrer pq souberam q a mamada é bem maior do q aparenta ser. A SMTT ñ pode e nem deve ser responsabilizada e muito menos mencionada nessa questão, pois ao meu ver a secretaria ñ está envolvida nisso, ainda mai pq quando esse tipo coisa acontece, só quem perde é o município.

  3. Rapaz, esse assunto é sério! Edivaldo e Canindé deve investigar isso o quanto antes, não pode ficar assim….a população nao deve pagar por algo dessa natureza. Edivaldo deve fazer o que é correto, acredito nisso.

  4. Pq só agora estão vendo isso??? Alguma coisa tem, mas quem tem maior culpa disso é essa própria empresa por não ter ética profissional. Pode ter certeza, se comprovada a irregularidade, a prefeitura tomará as devidas providências por meio da justiça!!!

  5. Hum, uma empresa denunciando a outra… sei não…acho que deve ser vista toda essas irregularidades mesmo, mas pq só agora?? tanta demora p buscarem informações…acho tudo muito estranho.

    1. A denúncia ao TCE não é de agora, foi feita em dezembro do ano passado. Até então o que não havia ocorrido era o fato ter chegado ao conhecimento da imprensa…

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