A governadora Roseana Sarney (PMDB) se posicionou oficialmente hoje em relação à matéria veiculada o Jornal Nacional da edição de ontem, da Rede Globo, que denuncia a relação do doleito Alberto Youssef com membros do Governo do Estado.
O doleiro foi preso pela Polícia Federal durante a operação Lava a Jato. A denúncia é de que ele teria subornado membros do Governo em troca do pagamento de mais de R$ 100 milhões à empreiteira Constran.
“Não deixarei de tomar minhas providências perante a Justiça para que isso seja devidamente esclarecido, porque a população quer que isso seja esclarecido”, disse e completou: “estou há quatro mandatos como governadora do Estado do Maranhão e desafio qualquer empreiteiro, qualquer empresa ou qualquer prestador de serviço a dizer aqui, a dizer a alguém, que algum dia me deu algum recurso, algum dinheiro que possa ter me comprado. Porque eu não sou mulher que seja comprada. Eu sou mulher que tenho ideal: que é o meu estado, que é o Maranhão”, enfatizou.
Para a governadora, há uso político-eleitoral do tema. “Eu estou na política não é para me locupletar. Eu estou na política é para ajudar os outros […]. E é por isso que eu estou aqui. E é por isso, também, que fico indignada e não vou admitir que meu nome seja colocado para poder ser manobra política – que está se aproximando aí as eleições”, finalizou.
A reportagem do Jornal Nacional mostrou que a contadora do doleiro, Meire Poza, teria afirmado à polícia em depoimento, que Youssef subornou membros do Executivo Estadual para alcançar o pagamento de precatórios.
Em seu depoimento ela citou o ex-secretário-chefe da Casa Civil, João Abreu; Bringel [assessor?]; Graça Cutrim, presidente do Instituto de Previdência do Estado e a procuradora-geral Helena Maria Haickel, que emitiu nota onde rechaça a sua participação em qualquer tipo de esquema fraudulento.