Nem mesmo os tucanos mais ranhetas acreditam que o presidenciável Aécio Neves (PSDB) terá cacife para mudar o cenário do primeiro turno da eleição presidencial no Maranhão, no qual a presidente Dilma (PT) saiu das urnas com retumbantes 2.187.668 votos, o equivalente a 69,56% dos votos válidos. Aécio Neves, que obteve 365.443 votos, o que representou 11,62 da votação, ficou atrás de Marina Silva (PSB), que foi votada por 534.824 (17,01%) eleitores maranhenses.
Para virar o jogo no estado, o candidato tucano precisaria receber todos os votos dados a Marina e “tomar” mais 500 mil de Dilma. Uma missão que nenhum analista consegue ver como viável, mesmo se estiver disposto a distorcer os fatos, o que, é claro, não é possível.
Nas contas de um observador sereno e traquejado em pelejas eleitorais, o máximo que Aécio Neves poderá conseguir no Maranhão é dobrar sua votação, podendo alcançar o patamar dos 800 mil votos. Isso porque, segundo o observador, nem todos os votos dados a Marina migrarão para o tucano, lembrando ainda que muitos eleitores da candidata socialista são eleitores de Dilma movidos por alguma insatisfação, mas que não migrariam para Aécio.
Todas as avaliações feitas até agora indicam que a presidente Dilma repetirá o patamar dos 65% dos votos válidos. Mas há uma componente que pode mudar esse cenário: a abstenção, que foi de 23,63% no primeiro turno e pode alcançar percentual bem maior na segunda rodada. É de olho principalmente na abstenção que os líderes do PT tentam inflamar a militância do partido para manter elevado o ânimo do eleitor. Já o comando do PSDB torce para que a eleição seja mais morna, porque quanto maior for a abstenção, mais chance há de Aécio melhorar. Vale aguardar.
Da coluna Estado Maior