A Assembleia e os “infiéis”

Jota Pinto alinhado ao grupo de Flávio Dino
Jota Pinto alinhado ao grupo de Flávio Dino

Uma cena curiosa chamou a atenção de deputados governistas na sessão da última terça-feira, na Assembleia Legislativa, quando ainda se discutia o destrancamento da pauta de votações, o que somente ocorreu ontem.

Quando foi iniciada a Ordem do Dia, a oposição deixou o plenário para obstruir a votação, mas não foi sozinha. Alguns governistas alinhados ao projeto do governador eleito Flávio Dino (PCdoB), a exemplo do deputado Jota Pinto (PEN), sob a orientação de Marcelo Tavares (PSB), fugiram da votação.

Jota Pinto, presidente da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ), que busca alguma benesse no governo comunista, também optou por não votar na comissão, o Projeto de Lei 208/2014, de autoria de Alexandre Almeida (PTN), que trata da eleição indireta para governador.

Jota foi um dos deputados considerados “infiéis” por Tatá Milhomem (PSD), que antes mesmo de finalizada a atual legislatura, já dá clara demonstração de que está mesmo é do outro lado.

E nada justifica a postura de políticos deste nível. Em busca de perpetuação no poder, Jota e os demais que o seguem, apenas provam que não são de grupo, não possuem autenticidade, não dispõem de posicionamento político-ideológico [seria exigir demais], e mais se aproximam do oportunismo.

Pior para ele e os demais “infiéis”, até porque o próprio Flávio Dino já demonstrou que não abrirá espaço para nenhum “vira-folha” do grupo Sarney. Exemplo claro disso é o isolamento melancólico do deputado Raimundo Cutrim (PCdoB) na oposição, que por muito tempo serviu o grupo adversário e hoje é apenas mais um dentre os aliados do futuro chefe do Executivo.

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