Discurso e prática se chocam

Flávio Dino disse que ia enxugar a máquina, mas cria cargos
Flávio Dino disse que ia enxugar a máquina, mas cria cargos para o futuro governo

O governador eleito Flávio Dino (PCdoB) passou a campanha inteira pregando o enxugamento da máquina pública como fator de melhoria do funcionamento do estado.

Ele dizia claramente ser contra as 31 pastas atuais da administração. Mas já na primeira semana após ser eleito governador, Dino divulgou em sua página de campanha a criação de duas pastas: a de Agricultura Familiar, a ser desmembrada da Secretaria de Desenvolvimento Social, e a de Transparência, que será criada para fazer exatamente o que já fazem a Controladoria-Geral do Estado, a Auditoria-Geral do Estado e a Corregedoria Geral do Estado.

Para a nova pasta, ele já até anunciou o indicado: seu advogado de campanha, Rodrigo Lago, filho do ex-deputado Aderson Lago. Para a Agricultura Familiar, é cotado o deputado federal Domingos Dutra (SDD). Mas Dino que pregava um governo enxuto não ficou só nisso.

Criou também a Empresa Maranhense de Transportes Urbanos, que vai coordenar os sistemas de transportes das regiões metropolitanas e para a qual já foi indicado o especialista José Arthur Cabral Marques.

Agora, o governador eleito anuncia mais um novo cargo, o de assessor de imprensa, cuja titular será a jornalista Aline Louise, que coordenou a comunicação de sua campanha. No total, já são quatro os novos postos criados pelo mesmo Dino, que pregou enxugamento da máquina durante a campanha – e nenhum anúncio de fusão ou extinção de secretarias.

Como se vê, até agora o discurso de campanha não tem nada a ver com a prática do futuro governador.

Da coluna Estado Maior

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