O silêncio foi a resposta do Governo do Estado para o resgate cinematográfico para não dizer absurdo de um preso de Justiça do Socorrão II (Cidade Operária), na madrugada de segundafeira.
Tetraplégico, Erinaldo Almeida Soeiro, de 33 anos, foi retirado de um dos leitos do hospital por um grupo de criminosos que chegou a usar um caminhão para bloquear uma rua próxima à unidade. Eles usaram uma cadeira de rodas para levar Erinaldo Soeiro e, segundo informações levantadas no local, passaram pela porta da frente do Socorrão II.
A direção do hospital se isentou de responsabilidade no resgate. O Estado apurou que o preso estava sob custódia de dois agentes penitenciários e que policiais militares também estavam de plantão no momento da fuga.
Agora imagine a cena: um bando de criminosos estaciona um caminhão perto do hospital que vive superlotado , bloqueia uma via, invade o prédio, instala um preso em estado de imobilidade numa cadeira de rodas, passa pela porta da frente e vai embora tranquilamente.
Perguntas que não querem calar: e os agentes, onde estavam? E os policiais? E os funcionários do hospital? Será que todo mundo estava tirando um cochilo no momento da fuga? E o governo, nada?
Da coluna Estado Maior, de O Estado