Represália e repúdio

notaO Conselho Deliberativo da Associação Nacional dos Procuradores dos Estados e do Distrito Federal (Anape) aprovou ontem Nota de Repúdio contra o Governo do Estado.

A instituição entende­-se perseguida pelo posicionamento contrário à MP­185, que obriga os procuradores de Estado a defender policiais envolvidos em crimes no exercício da função.

As críticas à MP geraram desdobramentos, que a entidade entendeu como represália. Na nota, a instituição diz ter tomado conhecimento da retirada unilateral de verba honorária do presidente da Associação dos Procuradores do Estado do Maranhão (Aspem), Augusto Brandão ­ que pode ser interpretada como represália por causa da postura adotada pela entidade ­, em virtude de sua defesa das prerrogativas e atribuições dos procuradores do Maranhão.

“O conselho […] vem repudiar essa atitude, que fere princípios da advocacia pública e da democracia, conclamando o Governo do Estado a pôr fim ao ato arbitrário, abusivo e ilegal”, destaca o texto.

Brandão manifestou­-se contra a Medida Provisória desde a sua edição. E articula uma Ação Direta de Inconstitucionalidade no Supremo tribunal Federal.

Na nota, a Anape assegura que continuará firme na defesa da independência da atuação dos seus representantes classistas e destaca que combaterá, ainda, “em todos os foros republicanos, não só a forma arbitrária com que a PGE/MA tem as suas competências ampliadas”. E vai mais longe: “Mas nos casos de usurpação de competências institucionais dos procuradores do Estado e por servidores comissionados e/ou escritórios de advocacia”, finaliza o texto.

É uma crise séria no início do novo governo.

Da coluna Estado Maior, de O Estado do Maranhão.

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