O governador Flávio Dino parece alimentar a sua carreira política com rações diárias de ódio aos seus adversários. Sem uma bandeira de trabalho perene, foi insultando em palanque lideranças como José Sarney com quem jamais disputou qualquer eleição que Dino conseguiu um mandato de deputado federal e, mais recentemente, o cargo de primeiro mandatário do Maranhão.
Aboletado agora na cadeira de governador, Dino perdera o eixo do discurso raivoso e, qual um Dom Quixote da modernidade, empresta o seu precioso tempo a lutar, pelas redes sociais, com inimigos imaginários. A última do governador é atribuir a Sarney a culpa por contratação imoral da empresa Copiar Center em processo que tramita no Governo do Estado. A empresa, beneficiada em dispensa de licitação, é de propriedade de uma cunhada do irmão do governador e vai faturar mais de R$ 100 mil dos cofres públicos.
Como Sarney sequer conhece as empresas da família do governador, os culpados de fato são outros e estão flanando dia e noite na penumbra dos gabinetes do Palácio dos Leões.
Reconhecer a imoralidade que se esconde sob os escombros do novo modelo de poder inaugurado no Maranhão pelo PCdoB não é tarefa simples. Fácil mesmo é enfrentar moinhos de vento pelo Twitter.
Até quando?
Texto de opinião publicado na edição de hoje de O Estado do Maranhão