Flávio Dino: defesa é o ataque

flaviofaceAvesso à críticas e dono de uma presença quase que constante nas redes sociais, o governador Flávio Dino (PCdoB) tenta agora passar a impressão de que militantes sociais passaram a atacar a polícia após o gravíssimo episódio de Vitória do Mearim, quando o mecânico Irinaldo Batalha foi executado em via pública por um vigilante cedido ao Estado e sob a guarda de dois policiais militares.

Nenhum militante social, “supostos esquerdista”, ou até mesmo setores da imprensa que Dino tanto tenta desqualificar quando confrontado, atacou a Polícia Militar.

A crítica, justa, diga-se de passagem, foi direcionada tão somente à gestão da Segurança Pública e à “política de comunicação” adotada pelo governo comunista.

A assessoria de comunicação do Governo mentiu em nota oficial, quando o caso de Vitória do Mearim veio à tona. Chegou a afirmar que nenhum policial estava envolvido na execução fria de Irinaldo Batalha. Somente voltou atrás quando confrontada na mídia com dois vídeos em que o executor aparece ao lado dos policiais militares.

Mas, para Flávio Dino, mostrar os equívocos do Governo, eventuais erros da Segurança Pública, confrontar os dados apresentados pela Secretaria de Comunicação ou criticar decisões unilaterais como a extinção do Programa Viva Luz, que beneficiava mais de 500 mil pessoas no estado, é inaceitável.

Flávio Dino utiliza as redes sociais constantemente para confrontar adversários políticos e justificar os erros do “novo e da mudança” com aqueles praticados por governos anteriores. Se apega a termos como “coronelismo” e “oligarquia” como subterfúgio para escapar de situações delicadas, como a que ocorre agora na Segurança Pública.

E eu, sinceramente, até tento entendê-lo, mas diante de tanta falta de compromisso, arrogância e divergência entre discurso e prática, não consigo.

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