Enquanto o governo Flavio Dino dedica tempo e dinheiro à tentativa de desqualificar o Programa Saúde é Vida, implantado na gestão passada, a população sofre com a queda significativa na qualidade da Saúde Pública estadual.
Mesmo com recursos assegurados no BNDES, o governo decidiu rever processos e, consequentemente, paralisar as obras de hospitais importantes, que mudariam a realidade do atendimento público em municípios como São Mateus, Pedreiras, Carolina, Lago da Pedra, Vitória do Mearim e Chapadinha.
Em nota, o governo chegou a afirmar que o BNDES enviou equipe técnica para vistoriar os hospitais e em todas “foram detectadas irregularidades nos projetos”. E que, “diante disso, o BNDES paralisou os repasses ao Governo do Estado até que todas as conformidades legais fossem cumpridas”.
O Estado ouviu o BNDES, que desmentiu essa afirmação. A direção do banco atribuiu ao governo Flavio Dino total responsabilidade pela suspensão das obras. Em nota, informou que a suspensão temporária (de recursos) ocorreu diante da necessidade do governo estadual de “adequação a procedimentos internos no processo de aprovação de projetos especiais”.
Além de paralisar obras, o governo suspendeu repasses que garantiam o funcionamento pleno de hospitais inaugurados no governo passado. O corte nos recursos provocou pane em unidades fundamentais ao atendimento de regiões populosas do estado, a exemplo do que aconteceu com o Hospital de Bernardo do Mearim, que fechou as portas no início do ano.
Sem alternativa, a população passou a buscar atendimento em cidades próximas, sobrecarregando ainda mais a Saúde nesses municípios.
O caso das UPAs na capital é outro exemplo de retrocesso. A qualidade do serviço despencou se comparado ao que se tinha antes. O que anteriormente era motivo de elogios da população inclusive de pacientes com plano de saúde e a opção de buscarem atendimento na rede particular , hoje é alvo de muita reclamação.
E assim caminha, ou melhor, se arrasta a Saúde no Maranhão.
Da coluna Estado Maior, de O Estado do Maranhão