Sem vigilantes, escolas municipais se transformam em alvo de bandidos

escola 1O Estado – Em quatro dias, seis escolas da rede municipal de ensino foram alvo de vandalismo em São Luís. A violência tem mudado a rotina de estudantes da capital. Por causa da insegurança, alunos das Unidades de Educação Básica (UEB) Santa Clara, na Santa Clara; Estudante Edson Luiz de Lima, na Gancharia, e Professor João de Sousa Guimarães, na Divineia, ficaram sem aulas ontem.

Na manhã de ontem, muitos estudantes chegaram a ir para a UEB Estudante Edson Luiz de Lima, na Rua 4, na Gancharia, área ItaquiBacanga, mas foram informados na entrada que as aulas estavam suspensas. Durante toda a manhã, as salas de aula ficaram vazias, e a presença dos estudantes foi substituída pela da Polícia Militar (PM), que manteve quatro viaturas em frente à escola durante todo o dia.

A direção da UEB não se pronunciou sobre a retomada das aulas na unidade. Além dos policiais, representantes da direção da escola e do Sindicato dos Profissionais do Magistério da Rede Municipal de São Luís (Sindeducação) e o delegado Walter Wanderley, responsável pelo 5º Distrito Policial (DP), no Anjo da Guarda, estiveram reunidos e discutiram medidas para garantir a segurança dos alunos.

A reunião aconteceu porque na sexta-­feira, dia 18, uma estudante de 14 anos ficou ferida após ser atingida por estilhaços de vidro de uma janela da escola, que foi apedrejada. “Atiraram uma pedra de fora do colégio e isso ocasionou a lesão da estudante. Não houve invasão, como se falou inicialmente. Foi uma pedra arremessada do lado de fora do colégio”, informou o coronel Araújo, comandante da Ronda Escolar.

Ele informou ainda que a reunião de ontem serviu para traçar estratégias de segurança para a escola. “Infelizmente, a escola fica em uma região onde a realidade é preocupante e a ação de criminosos, comum. Por isso, estamos planejando atividades a serem realizadas na área para promover uma cultura de paz entre a comunidade”, disse o coronel Araújo, comandante da Ronda Escolar.

A polícia investigou e descobriu que dois adolescentes alunos da escola, acompanhados de outro adolescente tentaram roubar o celular de uma estudante do local. Como ela correu, eles jogaram as pedras que atingiram as vidraças da UEB. Um deles chegou a ser apreendido na manhã de ontem, mas foi liberado após prestar declarações. A família dos três adolescentes deve arcar com as despesas pelos danos causados à escola.

Outra unidade escolar que manteve os portões fechados durante toda a segunda-­feira foi a UEB Santa Clara, na Rua 3 Irmãos, no bairro Santa Clara. Na tarde de domingo, dia 20, a escola foi incendiada, possivelmente por integrantes de facções criminosas. Parte do telhado e quatro salas de aula foram atingidas. A direção da unidade também não informou quando as aulas serão retomadas. Na manhã de ontem, um carro da PM podia ser visto no pátio da escola, que foi periciada, para esclarecer as causas do incêndio. Na Divineia, foram os alunos da UEB Professor João de Sousa Guimarães que tiveram de ficar em casa. Na madrugada de segunda­feira, a escola foi invadida por criminosos que roubaram mesa de som, modens, aparelho de DVD e uma televisão. Pacotes de leite que seriam usados no lanche dos alunos foram rasgados, segundo relatos de funcionários.

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