Triste cotidiano

Manifestantes entraram em confronto com policiais militares / foto: Flora Dolores de O Estado do Maranhão
Manifestantes entraram em confronto com policiais militares / foto: Flora Dolores de O Estado do Maranhão

O final de semana foi marcado por duras imagens do cotidiano, que retratam exatamente o grau de violência a que se chegou na capital maranhense. E exibem também o fracasso do governo Flávio Dino (PCdoB) no sistema de Segurança Pública.

Na Praia do Meio, um jovem foi esmagado por um carro cujo motorista dava cavalos de pau em plena areia, na madrugada de sábado para domingo. No Centro Histórico, um homem simplesmente entrou armado em uma casa de shows para matar um desafeto em plena festa, causando pânico entre os frequentadores. E na Via Expressa, um motorista não pensou duas vezes em passar por cima de um grupo de assaltantes que surgiu à sua frente.

É claro que o governo não pode ser responsabilizado diretamente por todas as ações de violência que ocorrem. Há situações que não há como prever.

Mas os três exemplos acima são espécies de tragédia anunciada.

É sabido que a Praia do Meio se transforma em pista de rachas e acrobacias nas madrugadas dos fins de semana. E não se tem notícia de que houve qualquer tipo de operação policial na área. Também é sabido por todos que a Via Expressa tem se transformado em ponto de assaltos, desde a sua inauguração. O Estado mesmo já trouxe inúmeras reportagens sobre o tema. E também não se tem notícia de ação policial para coibir os crimes na área.

Por fim, a casa de shows em que ocorreu o crime tem sido rotineiramente notícia por crimes ocorridos em sua porta, e mesmo tiroteios e brigas por causa de gente que entra armada. Ainda assim, funciona normalmente.

Em contraponto à falta de ação policial nos exemplos citados, o governo Flávio Dino utiliza de força policial desproporcional contra um grupo de sem­teto que reivindica a posse de um terreno no Turu. A ação da polícia, com balas de borracha, bombas e até agressões, parece até refletir o ódio com que os chefes do governo tratam o líder desta ocupação nas redes sociais.

Falta política e segurança em alguns setores da capital. Em outros, a força policial é demandada em demasia. São cenas de um triste cotidiano no Maranhão.

Da coluna Estado Maior, de O Estado do Maranhão

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