Flávio Álvares Cabral, o homem que descobriu o Maranhão em 2015

flavio cabralLinhares Júnior – Se tivesse que dar algum conselho ao governador do Maranhão, ele seria simples: abandone as redes sociais. A cada dia que passa essa obsessão em responder, discutir, criticar vai se tornando um pântano que arrasta o governador para o submundo do ridículo mais e mais. Em uma intervenção neste fim de semana, Flávio Dino extrapolou todos os limites do absurdo. E mesmo que tenha tentado dizer algo que foi “mal-entendido”, o episódio apenas revela a fragilidade de um governador que busca a autoafirmação diminuindo adversários nas redes sociais e tentando reescrever a história do estado que deveria ser sua preocupação no presente.

A mensagem acima, se muito pouco, pode ser considerada um ato falho que escancara prepotência e desprezo pela história do Maranhão. Trocando em miúdos, o governador afirmou que precisa de quatro séculos para fazer o que o estado precisa. Ou seja: para o governador tudo o que aqui foi feito nos últimos 400 anos foi simplesmente inútil. E sob a batuta dele este melancólico e deplorável vazio será (PODE) preenchido.

Obviamente Flávio Dino pretende reescrever a história. Quer inserir uma espécie de hipérbole que garanta mais fôlego à sua gestão. Os tais 40 anos de oligarquia sempre cantados pela oposição, agora são 400 “incomensuráveis” anos de inexistência. Ou seja, caberá a Flávio Dino o papel de descobrir o Maranhão e trazê-lo para o presente.

Para bom entendedor, o óbvio sempre é óbvio. Flávio tenta blindar-se. Há quase um ano no governo e sem grandes resultados para apresentar, o governador tenta criar uma espécie de mitologia: antes dele ser governador o Maranhão era um grande nada. Se conseguir resolver, ele confirma o messianismo. Caso falhe, foi um homem bem-intencionado e honrado, que apesar de todo o trabalho, não conseguiu vencer tanta miséria.

Flávio mirou em seus adversários, isso também foi claro. Mas, como lembrou o jornalista Jorge Aragão, acabou acertando muita gente que o ajudou a ser governador. Flávio Dino, apesar de tentar fazer parecer todo o dia, não desceu dos céus em janeiro de 2015 e muito menos foi trazido por uma nave espacial. Ele não é um cidadão “comum”, faz parte de uma classe chamada “políticos”, os mesmos políticos que, de forma direta ou indireta, têm, responsabilidade por todo o estado de coisas que ele joga na lata do lixo.

Vejamos o caso de São Luís, se ele agora está desesperado para reeleger Holandinha e consolidar sua hegemonia, isso se deve em muito pela incapacidade do próprio prefeito e de seu pai, dois políticos que honram como poucos a tradição condenada por Flávio Dino. Na esteira temos o PDT, partido que parasitou os cofres públicos da capital sempre que pode. Aliás, o pai do próprio foi político por muito tempo, chegando a ser prefeito. Que coisa, não é?

É muita petulância afirmar que todos os governadores e prefeitos que o antecederam nada fizeram. As palavras de Flávio Dino são um ato de insolência não apenas contra adversários, mas contra toda a classe política maranhense. E isso não é ponto de discussão! Nem o bajulador mais capacitado do mundo tem argumentos para dizer que Flávio separou joio do trigo. NÃO SEPAROU! Generalizou e fez questão e deixar isso claro!

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