Roberto Freire afirma não “enxergar” sentido numa eventual aproximação do PPS a Edivaldo

Roberto Freire é o presidente nacional do PPS
Roberto Freire é o presidente nacional do PPS

O deputado federal Roberto Freire, presidente nacional do Partido Popular Socialista (PPS), afirmou ontem com exclusividade a O Estado, não ‘enxergar motivos’ para uma eventual aliança entre o partido e o prefeito Edivaldo Holanda Júnior (PDT), que em 2016 buscará a reeleição nas urnas.

Depois de a deputada federal Eliziane Gama (Rede) ter anunciado a sua saída da legenda, Freire nomeou uma comissão provisória para comandar a sigla no estado. Paulo Matos, membro da executiva estadual, é o presidente em exercício do partido e tem maior proximidade com o grupo do prefeito da capital.

No início da semana, por exemplo, Paulo Matos reuniu uma comitiva do PPS e fez uma visita de cortesia ao governador Flávio Dino (PCdoB) no Palácio dos Leões. A visita teve por objetivo aproximar a legenda do Executivo Estadual. O mesmo movimento deve acontecer junto ao prefeito Edivaldo.

Roberto Freire, contudo, se manifestou contrário a uma eventual aproximação entre o PPS e o Executivo Municipal. Ele afirmou que nomeou a comissão provisória para atuar por um período de seis meses no estado, e assegurou que o partido deverá decidir, democraticamente, que rumo seguir em São Luís, mas se posicionou em relação ás articulações políticas.

“Não vejo muito sentido em se mudar o posicionamento do PPS agora, só por causa da saída da deputada Eliziane Gama. Isso inclusive depõe contra o próprio partido e contra os demais dirigentes. Quer dizer então que era Eliziane quem mandava no PPS e que após a sua saída o partido muda o seu posicionamento?”, questionou.

Roberto Freire afirmou que não pretende interferir nas decisões da legenda no estado, mas reafirmou a sua insatisfação com uma eventual aliança entre o partido e o prefeito Edivaldo Júnior.

“O partido é livre e deve decidir o seu rumo, deve decidir o seu posicionamento. Nós [direção nacional] não vamos decidir pelos dirigentes do estado, mas opino pela manutenção de postura, que é a de oposição à Prefeitura de São Luís”, enfatizou.

Insatisfação – Roberto Freire também demonstrou insatisfação com a deputada Eliziane Gama, em decorrência de sua saída do partido. Ele sustentou não ter havido uma conversa entre ele e a parlamentar, antes de a decisão ser tomada. “Ela apenas comunicou a sua saída. Nós não conversamos antes. Eu nem sabia que ela iria sair”, disse.

Apesar de chateado, ele evitou levantar críticas à colega de parlamento. “Eliziane está seguindo a sua vida e o partido seguirá o seu caminho. É um movimento natural”, concluiu.

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