Investigação por amostragem

coletiva-pf-ricardoA Polícia Federal deflagrou na última segunda-feira a operação “Sermão aos Peixes”, que tem por objetivo reprimir o desvio de verbas públicas federais no Maranhão.

A investigação apontou supostas irregularidades na gestão da passada da saúde do estado.

 Um detalhe intrigante em relação à operação, contudo, diz respeito ao período ao qual se limitou as investigações [2010 a 2013], principalmente sobre a participação de alguns dos institutos apontados como beneficiários do dinheiro público.

O Instituto Cidadania e Natureza (ICN), por exemplo, atua no estado desde o governo José Reinaldo Tavares (PSB), em 2006.

Passou pelos governos Jackson Lago (PDT), Roseana Sarney (PMDB) e acabou contemplado com novos contratos na gestão Flávio Dino (PCdoB). Ou seja, são 9 anos de atuação na saúde estadual.

Até ontem, quando por determinação judicial teve os seus contratos rompidos com o Poder Público, a entidade administrava 22 unidades de saúde de média e alta complexidade em todas as regiões do estado. [reveja aqui]

Mesmo assim, apenas o período que compreendeu a gestão do ex-secretário de Saúde, Ricardo Murad (PMDB), de 2010 a 2013, foi investigada. Sobre o fato, disse o superintendente da PF no Maranhão, Alexandre Saraiva:

“A investigação começou quando foi instaurado inquérito. Tão logo a polícia tomou conhecimento, instaurou inquérito. Não há nada de estranho nisso. Próxima pergunta”, resumiu.

Mais tarde, o superintende explicou que a investigação do período citado, que ocorreu em parceria com a CGU e o MPF, se deu por amostragem de contratos. Ou seja, de um montante X, apenas Y foram analisados com o levantamento de dados, ressalta-se que dentro do período proposto, somente.

A operação, segundo a PF, ainda está em curso…

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